PM intensifica abordagens em postos de combustíveis para evitar ataques a ônibus em BH

Operações estão sendo realizadas na capital mineira e cidades da Grande BH. Até efetivo administrativo das unidades e da academia de polícia ajuda nas ações

João Henrique do Vale
Na tentativa de frear a série de ataques a ônibus na capital mineira, a Polícia Militar (PM) tem feito operações desde a última quarta-feira por ruas e avenidas da cidade.
Nesta quinta-feira, após encontro com representantes das empresas responsáveis pelos coletivos, a corporação informou que haverá reforço no policiamento. Está sendo usado o efetivo administrativo das unidades e da academia de polícia nas ações. Além da escolta dos veículos, estão sendo feitas blitzen e abordagens a suspeitos em postos de combustíveis. A intenção é encontrar pessoas que estão comprando produtos inflamáveis para utilizar nos ataques.

Neste ano, 21 veículos já foram queimados, dos quais 12 somente na capital. Os dados de Belo Horizonte são os maiores desde 2008. Desde domingo até o começo da noite de ontem, pelo menos 30 suspeitos foram detidos.
Neste período, 13 coletivos foram destruídos na Grande BH, incluindo casos em Betim, Contagem, Sarzedo e Mário Campos, cidade que entrou no mapa dos ataques na noite de terça-feira, quando foi queimado ônibus da linha 3741 (Mário Campos/Tangará).

Na capital, a última ação ocorreu no Barreiro na madrugada dessa quarta-feira. O ônibus atacado, da linha 342 (Estação Barreiro/Solar via Estação Diamante), foi abordado por criminosos na Avenida Waldyr Soeiro Emrich, no Bairro Castanheiras, perto da Estação Diamante.

Montes Claros

Depois de ataques contra dois ônibus, os veículos do transporte público de Montes Claros, na Região Norte de Minas Gerais, voltaram a circular no início da noite desta quinta-feira. De acordo com a Associação das Empresas do Transporte Coletivo de Montes Claros (ATCMC), apenas 41 coletivos, a escala mínima para atender a população, voltaram para as ruas, com policiais em seu interior. Segundo a Polícia Militar (PM), cinco pessoas foram presas por causa dos crimes. A suspeita é que a ordem dos atos de vandalismo tenha partido dos presídios. A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) informa que a situação está sendo investigada..