Um dia depois de ataques a ônibus, o transporte público de Montes Claros, na Região Norte de Minas Gerais, funciona em escala mínima nesta sexta-feira. Dos 135 veículos, apenas 44 fazem os trajetos pela cidade com policiais militares dentro. A escala mínima será feita até 14h, quando uma nova avaliação será feita pelas empresas. Uma fonte da Polícia Civil informou que as investigações revelam que a ordem para os atos de vandalismo partiu de presos do Presidio Regional da cidade, em protesto contra "alguns excessos supostamente cometidos por agentes penitenciários". A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) afirma que ainda está apurando o caso.
Os ataques aos ônibus paralisou o transporte público de Montes Claros por aproximadamente quatro horas entre a manhã e a tarde dessa quinta-feira. Os veículos retornaram para as ruas por volta das 18h, depois que a PM conseguiu deter cinco pessoas suspeitas de envolvimento nos ataques. Elas estavam com galões cheios de combustível.
Os dois ônibus incendiados em Montes Claros pertenciam à empresa Princesa do Norte. O primeiro ataque ocorreu por volta das 10h30 de quinta-feira em uma avenida entre os bairros Recanto das Águas e Village do Lago. Homens encapuzados, que estavam em uma moto, entraram no ônibus armados e ordenaram que todos os passageiros descessem. Em seguida, os dois criminosos atearam fogo ao veículo. O motorista e o cobrador conseguiram apagar as chamas com uso de extintores. Mesmo assim, poltronas foram destruídas. Por meio das redes sociais, passageiros disseram que foram ameaçados.
O segundo ataque foi por volta do meio-dia. Dois homens encapuzados e armados entraram em um ônibus na Avenida das Américas, próximo à entrada de um condomínio, na Região do Grande Independência. A tática foi bem semelhante do primeiro caso. Eles ordenaram a saída dos ocupantes e depois colocaram fogo nas poltronas. As chamas se espalharam rapidamente e destruíram totalmente o veículo. O ônibus estava lotado de estudantes.