A apresentação do bloco começou ainda de manhã na Avenida Francisco Sá e terminou a tarde. Porém, a festa foi estendida até esta noite por pessoas que permaneceram no local. Segundo a PM, o horário destinado para terminar o evento foi descumprido. Por causa disso, policiais pediram para que fosse anunciado que as vias no entorno da praça deveriam ser liberadas.
A PM alegou que os policiais foram agredidos com garrafas e que várias brigas generalizadas começaram a acontecer no local. Por causa disso, segundo a corporação, foi feito o uso de bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para a dispersão da multidão. Ninguém foi preso. O proprietário de um estabelecimento localizado próximo a praça, Rodrigo Cataldi, de 33 anos, informou que o evento acontecia com tranquilidade até a chegada da PM. Segundo ele, uma das ruas estava fechada para um evento particular do bar. Além disso, na praça, vários foliões continuavam concentrados.
“A situação ficou bem tensa durante a noite. Por volta das 19h30, um cliente me informou que a PM queria jogar bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para dispersar o pessoal. Então, fui conversar com um militar que informou que o evento tinha que ter sido encerrado 16h e por isso a praça teria que ser esvaziada”, contou.
Segundo o empresário, pouco tempo depois da conversa, várias viaturas da PM chegaram no local e os policiais foram em direção a praça arremessando bombas de gás e de efeito moral. Houve correria. “Teve várias pessoas chorando. Famílias com crianças no colo saindo correndo.
O empresário afirma que teve prejuízos por conta do tumulto. “Muitas pessoas que estavam no estabelecimento começaram a tossir por causa do gás e do spray de pimenta. Muitos tentaram sair sem pagar a conta e os seguranças tentavam impedir. Houve brigas com os vigias, roubos de celulares e de bebidas. Tive um prejuízo por isso”, explicou.
Depois da dispersão, a praça ficou tomada de lixo espalhados pelo chão. Viaturas da PM permaneceram no local para evitar a chegada de mais pessoas. .