Segundo o grupo, uma pesquisa divulgada pela organização internacional de combate à pobreza ActionAid, em 2016, mostra que 86% das mulheres brasileiras ouvidas sofreram assédio em público em suas cidades, situação que piora durante a folia.
A campanha surgiu depois que um jornal publicou no Facebook uma matéria sobre o desfile de blocos formados exclusivamente por mulheres em Belo Horizonte. Segundo as organizadoras, os comentários na postagem mostravam leitores misóginos e disseminando a cultura da violência contra a mulher.
Elas criaram um vídeo, um spot para rádio e banners que podem ser compartilhados pelas redes sociais e outras mídias. Os blocos de BH devem participar lendo o texto da campanha nos trios e também executando a canção “Marchinho”, composta e interpretada por Brisa Marques. “A ideia é de que as pessoas se sintam proprietárias da campanha e ajudem a disseminar”, explica uma das organizadoras, Renata Chamilet.
Segundo Renata, o assédio e preconceito já são tratados por diversos blocos carnavalescos de BH há algum tempo.