Segundo as investigações, a cocaína vendida pelos criminosos era trazida diretamente da Bolívia, pela fronteira com o estado de Mato Grosso, onde estão estabelecidos os importadores do grupo, os quais providenciavam a entrada da droga no território brasileiro e seu armazenamento na região de fronteira.
Também foi identificado um ponto focal na região de Campinas (SP), que ajudava na intermediação da compra e auxiliava a remessa da cocaína para Juiz de Fora. O núcleo estabelecido em Juiz de Fora providenciava a distribuição da droga na cidade e em outros municípios da Zona da Mata, como Barbacena, São João Nepomuceno, Rio Novo, Piraúba, Guarani e Guiricema, além de municípios do Rio de Janeiro e Espírito Santo.
Conforme a PF, um fato que chamou a atenção foi a utilização de veículos como meio de pagamento de grandes compras de drogas, para evitar o transporte de elevadas quantias de dinheiro vivo, bem como conferir aparência de legalidade às atividades dos que se envolviam com o narcotráfico. Ainda durante as investigações, que duraram cerca de oito meses, foram feitas seis apreensões de drogas - cocaína, maconha e crack -, além da prisão em flagrante de sete adultos e a apreensão de uma menor.
Como tentativa de desarticular o poder econômico da quadrilha, outras medidas judiciais foram tomadas, como o sequestro de todos os bens imóveis, veículos e ativos financeiros em nome de 36 pessoas físicas e seis jurídicas.
Ainda segundo a Polícia Federal, o nome da operação vem da mitologia grega.