O clima de comoção e revolta predominou durante o sepultamento do advogado Pedro Juliano Freitas Mendes, de 32 anos, assassinado dentro de um apartamento na Savassi, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, nessa segunda-feira. O corpo foi enterrado sob aplausos, por volta das 18h30 desta terça-feira, no Cemitério Parque dos Montes, em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) seção Montes Claros, André Crisóstomo Fernandes, lamentou a morte do colega. “É uma perda muito grande para a advocacia mineira, pois era um profissional atuante. A OAB registra consternações à família em um momento de muito pesar”, disse. “O fato representa o crescimento da violência. Os problemas existem, mas entre eles está a difícil questão da violência. No entanto, ela precisa ser combatida fortalecimento das polícias e por todas as instituições jurídicas”, completou.
A psicóloga Aldenise Ataíde, que é amiga de familiares do advogado, demonstrou indignação com o assassinato. “A morte provocou em nós um sentimento de muita indignação com tanta violência. Como os seres humanos podem tratar aos outros desta forma? Será que teremos nossos filhos na redoma?”, questionou.
Investigações
A Polícia Civil divulgou imagens de câmeras de segurança que mostram os dois suspeitos do crime junto com Pedro no prédio da vítima. A perícia constatou que o advogado foi atingido na lateral do pescoço com um único golpe de faca. Também foi constatado que os suspeitos levaram do apartamento uma TV, um vídeogame, um celular e uma caixa de joias, que foram colocados dentro de uma mala da própria vítima.
O corpo foi encontrado por uma faxineira que prestava serviço para Pedro. Ele estava caído no apartamento do sexto andar do Residencial Monet, na Rua Santa Rita Durão. A funcionária ligou para a Polícia Militar e várias viaturas seguiram para o local. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também esteve no residencial, mas constatou que o advogado já estava morto.
(RG)