PBH e Ministério Público fecham acordo e suspendem folia no Mangabeiras

Festival Carnavália, previsto para acontecer durante o carnaval no Parque dos Mangabeiras, teve licenciamento suspenso, apesar de organizadores afirmarem que documentos estão em ordem

Estado de Minas
Prefeitura de Belo Horizonte e Ministério Público Estadual assinaram acordo no começo da noite desta terça-feira suspendendo o licenciamento para realização de evento carnavalesco no Parque das Mangabeiras.
O aguardado festival Carnavália, marcado para ocorrer no cartão-postal durante quatro dias (25 a 28 de fevereiro) com atrações nacionais – Nando Reis, Paralamas do Sucesso, Buchecha, Havayanas Usadas e Gabriel, o Pensador – não poderá ser realizado no parque.

A PBH não deu detalhes sobre os motivos da suspensão do licenciamento, mas confirmou que equipes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e da Fundação Municipal de Parques se reuniram com representantes do MP para avaliar os impactos do evento. Ao final, decidiu-se pelo cancelamento das autorizações para a realização de qualquer show carnavalesco no Mangabeiras.

Desde o anúncio de que o festival seria realizado na maior área verde de Belo Horizonte, que tem 2,4 milhões de metros quadrado de mata nativa e 59 nascentes do Córrego da Serra, teve início a polêmica sobre os impactos ao meio ambiente. À tarde, uma fonte da PBH informou que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente se posicionou contrária ao evento no parque, com recomendação da cassação de eventual autorização concedida pela Fundação de Parques e Jardins ou outro órgão do Executivo.

A produção do evento, por sua vez, garantiu que está com a documentação em ordem. E, informados pelo EM do acordo entre PBH e MP, os organizadores disseram que não foram notificados da decisão e reafirmaram que “o evento continua de pé no estacionamento do Parque das Mangabeiras”. Não houve qualquer consideração por parte dos produtores sobre uma eventual mudança de local do festival ou de demanda judicial para garantia do licenciamento. Quem já pagou pelos ingressos – há lotes no valor de R$ 180 – segue apreensivo..