Desde 1980, segundo o Ministério da Saúde, o pior surto da doença no Brasil foi em 2000, quando foram registrados 85 casos, com 40 mortes. Em 1999, foram 29 óbitos; em 1948, 28, em 2008, 27 óbitos, e 2003, 23.
Para o infectologista Carlos Starling, diretor da Sociedade Mineira de Infectologia, a falta de estrutura médica pode ter contribuído para o alto número de mortes. “Em surtos dessa natureza, tem que ter agilidade no diagnóstico e tratamento. As pessoas que desenvolvem a forma grave da doença têm que ter um auxílio muito ágil para que haja menos mortes, pois nesses casos a letalidade é 50% dos pacientes.
A SES mudou a periodicidade de divulgação do balanço, que era diária até a semana passada. Agora, passa a ser feita às terças e sextas-feiras. Minas tinha 1.012 notificações da doença na última sexta-feira. Nos últimos quatro dias, teve mais 15 registros, passando para 1.027. No período, foram confirmados mais 14 diagnósticos, subindo de 220 para 234. Outros 57 foram descartados.
MACACOS O número de municípios da Região Metropolitana de BH onde mortes de macacos são investigadas ou já têm confirmação de contágio pelo vírus da febre amarela também não para de subir. Já são 13 cidades onde corpos de primatas foram encontrados. Mais duas comunidades entraram para a lista no último boletim da SES, com casos em investigação: São Joaquim de Bicas e Sarzedo.
Já foram confirmadas as mortes de macacos com febre amarela em BH, Betim e Contagem. Somente na capital mineira, outros sete casos estão sendo apurados. Apenas na segunda-feira, foram três primatas encontrados mortos em BH, um deles no Bairro Castelo, na Região da Pampulha. O corpo do animal foi recolhido e levado para análise..