A gorila Lou Lou, do Zoológico de Belo Horizonte, sofreu um aborto espontâneo na manhã desta quarta-feira. As novas gestações dela e da gorila Imbi haviam sido confirmadas pela Fundação Zoo-Botânica da capital (FZB-BH) na noite passada. O recinto da família de gorilas vai permanecer isolado por alguns dias.
De acordo com a bióloga Vívian Teixeira Fraiha, da sessão de mamíferos, o filhote estava bem formado e aparentava estar no sétimo ou oitavo mês de gestação. Ela também destaca que Lou Lou não apresentou nenhum problema de saúde. Ela explica que, quando o aborto ocorre, as mães da espécie vivem um tipo de luto. “Ela vai carregar (o filhote nos braços) até o momento em que puder abandoná-lo”, explica. “Pode demorar dois, seis, sete dias.
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O pai dos filhotes é Leon, que chegou à Fundação em 2013, juntamente com Lou Lou. Eles se juntaram a Imbi, que já estava no Zoológico de BH desde 2011. Esse grupo de gorilas, da subespécie Gorilla gorilla gorila, também chamada, popularmente, de “gorila da planície ocidental”, cresceu em 2014, quase dobrando o número de indivíduos. Atualmente, existem 965 gorilas sob os cuidados humanos no mundo. Desses, dez estão na America Latina - sendo que cinco estão no Mexico e cinco no FZB-BH.
Em 2014, Lou Lou deu à luz Sawidi, o primeiro gorila nascido na América do Sul. No mês seguinte, Imbi teve Jahari, nome de origem africana que tem como significado “forte e poderoso”. Os dois nomes foram escolhidos com a ajuda do público por meio de votação pela internet. “O crescimento dos filhostes está excelente. Eles estão grandes, espertos e ágeis”, afirma o biólogo.
A formação desse grupo reprodutivo já estava no planejamento da Fundação Zoo-Botânica, que se preparou conforme as diretrizes internacionais traçadas pelo Projeto Gorilas.