Após uma série de incêndios a ônibus, que destruiu 22 veículos na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Polícia Civil de Minas Gerais prendeu quatro suspeitos de cometer nove queimas. O último ataque foi a linha 3502, na noite desse sábado, no Bairro São Gabriel, na Região Nordeste. Com esse caso, são nove incendiados na Grande BH e 13 na capital.
A motivação, segundo o delegado Marcus Vinícius, seria uma retaliação ao homicídio do antigo líder da quadrilha, conhecido como “Leozinho”, morto em 1º de fevereiro. A Polícia Civil alega que conseguiu provas materiais suficientes para condenar os suspeitos por oito coletivos incendiados. As provas colhidas são materiais utilizados para ações incendiárias, armas e rádio comunicadores.
O delegado disse ainda que “a quadrilha age em dois braços, com dois líderes". Um seria o Renato Rodrigues de Oliveira, o Renatinho, que está foragido e, o outro, o Willian, já preso. Também foram identificados mais seis suspeitos, que estariam envolvidos em outros nove ataques – quatro em Belo Horizonte, três em Sarzedo, um em Betim e outro em Mário Campos. Também já foram identificados outros quatro suspeitos de incêndiar veículos na região do Bairro Ribeiro de Abreu. Entre eles, três adolescentes e um maior.
Prejuízo
Reportagem do em.com.br da semana passada mostrou que cada coletivo convencional custa em torno de R$ 360 mil, portanto, a perda dessa quantidade de veículos representa um custo superior a R$ 7 milhões. Para os passageiros, a perda é o risco de depender de uma linha desfalcada. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de BH (Setra) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram), caso não haja veículo reserva na frota, um ônibus novo pode levar de três meses a seis meses para ser reposto.
RB