Fora quem ficou preso no trânsito devido ao fechamento da Afonso Pena para o desfile do Chama o Síndico, o clima na avenida é de pura euforia, com milhares de “condôminos” cantando e dançando ao som das releituras de sucessos e Tim Maia e Jorge Ben Jor, repertório característico do bloco.
O arquiteto Flávio Savaget, de 36 anos, chama atenção de quem passa. Com o "juízo" nas costas, a fantasia serve de acessório e de tanque para abastecer de bebida. "Uso essa fantasia há 6 anos, desde que começou o Carnaval de BH", disse ele. Sobre a fantasia, foi enfático: "Tudo em excesso é ruim, mas perder um pouco do juízo pode", brincou.
Não faltou criatividade nas fantasias, com direito a desabafos contra a política. "Carnaval também é momento de expor sua opinião. Deixo aqui minha questão: será que o homem é que não é bom para o sistema ou o sistema que não é bom para o homem?”, filosofou na avenida o professor Renato Duarte, de 21.
Até quem estava de longe do olho do furacão da folia entrou no clima.
Já Danielle Moreira, de 40, uniu trabalho e diversão, vendendo tiaras de flores. "Sou artesã, mas é a primeira vez que vendo para o carnaval. Estou adorando. Meu estoque já até acabou. Agora estou de olho na minha sobrinha para ela não aprontar", brincou.
RB
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