Os suspeitos foram localizados nessa quarta-feira durante o cumprimento dos mandados de prisão da Operação Profeta. De acordo com a Polícia Militar (PM), a ação foi desencadeada após denúncias de populares informando que o padre de Oratorios estaria pedindo muito dinheiro para os fiéis, mas a população não via as doações sendo aplicadas na igreja.
O Ministério Público começou a investigar o caso. Os trabalhos levaram dois meses. Segundo a PM, durante o período, foram obtidas provas de que o religioso estaria envolvido na rede criminosa, além de estar envolvido com exploração sexual de menores.
Ontem, foram cumpridos mandados em Oratórios, Matipó, Rio Casca e Belo Horizonte. Foram apreendidas imagens sacras, peças de prata e uma quantia em dinheiro. A Polícia Militar também informou que na casa do padre também foram recolhidas câmeras, pendrive, e outros produtos de mídia que teriam imagens comprometedoras e serão analisados.
No fim da noite de quarta-feira, a Arquidiocese de Mariana divulgou uma nota sobre a prisão do padre, “motivada por acusações de ordem administrativa e moral”. De acordo com a Arquidiocese, o sacerdote está preso no Complexo Penitenciário de Ponte Nova.
“Por medida cautelar, a Arquidiocese de Mariana decidiu afastá-lo do exercício do ministério, enquanto aguarda o resultado da apuração dos fatos e a sentença judicial no foro civil e no foro eclesiástico”, explica a Igreja. “A Arquidiocese de Mariana está disposta a colaborar com a Justiça em tudo o que for necessário para a elucidação dos fatos”. A Arquidiocese de Mariana também diz que lamenta os fatos, que “escandalizam a comunidade cristã e geram desencanto e repúdio”.