Polícia Civil prende três jovens suspeitos de matarem "parceiro" de crime

Vítima deixou emprego no Rio depois de se envolver com uma jovem mineira, ingressou no tráfico de drogas e acabou morto por membros da mesma gangue

Estado de Minas
- Foto: Divulgação/PCMG
Durante operação realizada na manhã desta quarta-feira, a Polícia Civil (PC) prendeu três suspeitos de participarem da execução de Alan Silva Bruzzi, de 32 anos. Conforme investigação, Tiago Felipe Batista da Silva, de 23, Lucas Nobra da Silva, de 24, e Bruno Flávio Batista de Abreu, de 25, seriam responsáveis pelo homicídio ocorrido no dia 7 de novembro do ano passado, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Eles foram apresentados na manhã desta quinta-feira.

A PC também identificou os possíveis mandantes do crime. Amilton Rogério Silverio da Costa, de 31, e Netanias Serrão de Almeida, de 41, estão foragidos. Segundo a polícia, os dois são chefes do tráfico na região do Bairro Chácaras Del Rey, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde o crime ocorreu. 

Vítima e suspeitos faziam parte da mesma gangue.

De acordo com levantamentos, Alan era topógrafo na Prefeitura do Rio de Janeiro, mas abandonou a carreira depois de conhecer uma jovem em Minas Gerais. Por conta desse relacionamento, Alan ingressou no tráfico de drogas, o que resultou em sua morte. 

Entenda o caso


A delegada Gislaine Rios, que coordena as investigações, relata que tudo começou a partir do momento em que a vítima conheceu uma jovem por meio de redes sociais. Alan participava de um grupo que reunia usuários de drogas, onde teve contato com a garota.

No carnaval, ele veio à Minas Gerais visitar familiares, que moram em Contagem, Região Metropolitana da capital, ocasião em que se encontrou com essa jovem. "Ele se apaixonou perdidamente, abandonando família e carreira para viver esse amor", explicou a delegada.
A vítima se mudou para a cidade, onde passou a dividir uma casa com a namorada. As investigações apontam que, para sustentar o vício do casal, Alan procurou traficantes da região a fim de comercializar entorpecentes. Ainda de acordo com a delegada, para ingressar no grupo, os traficantes exigiram uma prova de fidelidade, ordenando que Alan matasse um alvo, o que teria sido cumprido pela vítima. 

No entanto, após o sumiço de uma grande carga de drogas, os integrantes da gangue suspeitaram que o roubo tivesse o envolvimento de Alan. Por essa razão, foi ordenada sua morte. No dia do crime, Tiago Felipe Batista da Silva, Lucas Nobra da Silva e Bruno Flávio Batista de Abreu, junatamente com outro suspeito ainda não identificado, entraram na casa da vítima e dispararam diversas vezes.

Após o homicídio, muros do bairro foram pichados com os seguintes dizeres: "Morador que depor, é finado". 

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