A PC também identificou os possíveis mandantes do crime. Amilton Rogério Silverio da Costa, de 31, e Netanias Serrão de Almeida, de 41, estão foragidos. Segundo a polícia, os dois são chefes do tráfico na região do Bairro Chácaras Del Rey, em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde o crime ocorreu.
Vítima e suspeitos faziam parte da mesma gangue.
De acordo com levantamentos, Alan era topógrafo na Prefeitura do Rio de Janeiro, mas abandonou a carreira depois de conhecer uma jovem em Minas Gerais. Por conta desse relacionamento, Alan ingressou no tráfico de drogas, o que resultou em sua morte.
Entenda o caso
A delegada Gislaine Rios, que coordena as investigações, relata que tudo começou a partir do momento em que a vítima conheceu uma jovem por meio de redes sociais. Alan participava de um grupo que reunia usuários de drogas, onde teve contato com a garota.
No carnaval, ele veio à Minas Gerais visitar familiares, que moram em Contagem, Região Metropolitana da capital, ocasião em que se encontrou com essa jovem. "Ele se apaixonou perdidamente, abandonando família e carreira para viver esse amor", explicou a delegada. A vítima se mudou para a cidade, onde passou a dividir uma casa com a namorada. As investigações apontam que, para sustentar o vício do casal, Alan procurou traficantes da região a fim de comercializar entorpecentes. Ainda de acordo com a delegada, para ingressar no grupo, os traficantes exigiram uma prova de fidelidade, ordenando que Alan matasse um alvo, o que teria sido cumprido pela vítima.
No entanto, após o sumiço de uma grande carga de drogas, os integrantes da gangue suspeitaram que o roubo tivesse o envolvimento de Alan. Por essa razão, foi ordenada sua morte. No dia do crime, Tiago Felipe Batista da Silva, Lucas Nobra da Silva e Bruno Flávio Batista de Abreu, junatamente com outro suspeito ainda não identificado, entraram na casa da vítima e dispararam diversas vezes.
Após o homicídio, muros do bairro foram pichados com os seguintes dizeres: "Morador que depor, é finado".