Por risco de febre amarela, primatas são isolados na Fundação Zoo-Botânica

Além da transferência dos macacos, o Zoológico também realizou outras ações preventivas contra a doença

Estado de Minas
- Foto: Daniel Alves/Fundação Zoo-Botânica
Com a ocorrência de casos de febre amarela em primatas na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Fundação Zoo-Botânica de BH (FZB) colocou em prática um plano de ação voltado à prevenção da doença na instituição.

Na última semana, as equipes das seções de Manutenção de Mamíferos e de Veterinária da FZB-BH realizaram a transferência dos primatas mais susceptíveis a contrair a febre amarela para recintos protegidos com telas. As jaulas ficam fora da área de visitação. As espécies transferidas são: bugio, parauacu, sagui-imperador, guigó, macaco-da-noite, mico-leão-de-cara-dourada, macaco-prego e mico-leão-dourado.

Também está sendo discutido junto com a Secretaria Municipal de Saúde (SES) a aplicação de inseticida nas paredes dos recintos dos primatas mais resistentes à doença, como chimpanzés, macacos-barrigudo e gorilas.

O combate ao Aedes aegypti, por meio da eliminação dos focos do mosquito com a intensificação da capina e controle dos criadouros, é outra medida que está sendo adotada. Além disso, a vacina contra febre amarela foi oferecida a todos os funcionários da FZB-BH nos dias 20 e 21 de fevereiro.


Macacos


Já chega a 11 o número de macacos encontrados mortos em Belo Horizonte em 2017, ano em que Minas Gerais enfrenta o maior surto de febre amarela silvestre já registrado no país pelo Ministério da Saúde. As mortes dos primatas, que servem de indício para a circulação do vírus da doença, foram registradas em áreas de preservação da capital e, por causa do risco de contaminação, parques e espaços de lazer da cidade foram interditados ontem. 
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