O provedor da Santa Casa, Saulo Levindo Coelho, garantiu que a medida ainda não foi adotada. “Essa é uma situação que pode ocorrer a partir da segunda-feira. Estamos confiante de uma mudança do quadro, já que o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, marcou uma reunião de urgência. Esperamos ter pelo menos um cronograma de repasse dos recursos, para podermos negociar com nossos fornecedores. Do contrário, não temos condições de receber pacientes, por falta de estoques de medicamentos”, assinalou Coelho.
O documento interno entre diretorias e chefias da Santa Casa dá entender que a ação operacional de redução de leitos está em prática desde a sexta-feira. “Pode ligar lá que vão verificar que estamos recebendo pacientes.
A negociação direta com o prefeito, segundo Coelho, foi iniciativa do próprio governante, já que o secretário municipal de saúde está em viagem. “O município é o gestor de saúde da rede pública na capital. É ele o responsável pelos repasses que estão atrasados desde a administração municipal anterior. Já o secretário estadual de Planejamento, Helvécio Magalhães, ao tomar conhecimento da situação de desabastecimento, ligou e informou que recursos de R$ 2,7 milhões, do programa Pro-hospi, vão entrar neste mês. Mas o valor não é suficiente para quitar os débitos com os fornecedores”, explicou.
No plano operacional de redução das internações, não apenas novos pacientes não seriam recebidos. No caso de retorno clínico, somente quem recebeu alta em até três dias será readmitido no hospital. Nos casos cirúrgicos, a readmissão considera o prazo de até cinco dias pós-alta. Já a Maternidade Hilda Brandão e os serviços Santa Casa de hemodiálise, quimioterapia e transplante não são afetados pelas medidas de emergência. .