Campanha para ajudar garoto com leucemia leva 600 pessoas ao Hemocentro

Amor de pai sensibiliza os mineiros e conscientiza a população sobre doação de sangue. Depois de lançar uma campanha nas redes sociais em favor do filho caçula Miguel Mendes Calixto, de 9 anos, o contador Diniz Lopes Calixto, morador do Bairro Palmeiras, na Região Oeste da capital, informou na tarde desta segunda-feira que cerca de 600 pessoas atenderam ao seu chamado e compareceram ao Hemocentro de Belo Horizonte para doar sangue do tipo O Rh negativo, sangue raro, doador universal.

“Só não chegamos a mil doadores porque os horários da Fundação Hemominas são muito limitados. Se fosse maior, tenho certeza que teríamos conseguido esse total”, informa Diniz. Ele acrescenta que pessoas do Triângulo e do Sul de Minas se manifestaram favoráveis a atender o pedido dele. Miguel foi diagnosticado com leucemia em 23 de dezembro e começou as sessões de quimioterapia seis dias depois. “A quimioterapia reduz a imunidade e, com isso, meu filho contraiu uma pneumonia muito forte, sendo necessária a transfusão diária de plaquetas”, diz o pai.

Na sexta-feira, o menino começou a melhorar e já deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Hospital São Lucas, embora continue internado. “Acho que está ficando curado pela força da oração. Gente de todas as crenças está rezando por ele”, informa Diniz, que se mostra feliz com a melhora do filho. “Ele foi desentubado, o sangramento cessou. Meu celular não para, é grande a corrente de solidariedade”, alegra-se o contador.

 Para atender o filho Miguel, Diniz pediu que os doadores fizessem o agendamento pelo site do Hemominas (www.hemominas.mg.gov.br) ou pelo telefone 155, citando o nome completo do garoto. “Fico feliz, pois as pessoas ajudaram não só meu filho como também outras pessoas doentes e, a exemplo dele, com o sangue O Rh negativo, sangue raro.

 NÚMERO

Em nota, a Fundação Hemominas informa que está recebendo em suas unidades um número expressivo de candidatos à doação de sangue em nome do paciente Miguel Mendes Calixto. “Devido ao comprometimento ético com a família de seus pacientes, não revelamos dados numéricos ou qualitativos sobre as doações recebidas. É importante ressaltar que o sangue doado na Fundação Hemominas beneficia outros pacientes e usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com as indicações transfusionais e emergências”.

Os técnicos informam ainda que “os hemocomponentes sanguíneos têm prazos de validade diferentes, sendo importante o comparecimento contínuo de doadores para o melhor aproveitamento das doações”.

O Hemocentro de Belo Horizonte funciona para doação de sangue de segunda a sábado das 7h às 18h.

RB