A febre amarela ainda requer atenção das autoridades de saúde. Os números de notificações e mortes pela doença aumentam a cada semana em Minas Gerais. Dados divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES) na tarde desta terça-feira mostram que já são 1.076 casos suspeitos da doença. Os óbitos confirmados pela doença chegaram a 101, no pior surto da história do país registrado pelo Ministério da Saúde.
A pior situação do surto é nas regiões do Rio Doce e Mucuri. A cidade de Caratinga é a que tem mais moradores com suspeita de febre amarela. São 159. Em seguida vem Ladainha (Mucuri), com 111 notificações, Novo Cruzeiro (Jequitinhonha), com 95, Poté (Mucuri), com 58, e Imbé de Minas e Simonésia (Zona da Mata), ambas com 42 casos suspeitos.
Em relação às mortes, Ladainha está na liderança. O município tem 13 óbitos confirmados e outros 21 sendo investigados. Em seguida vem Teófilo Otoni, com 11 confirmações e 15 suspeitos, Piedade de Caratinga, com sete confirmadas e o mesmo valor de suspeitos.
Mortes de macacos
Subiu para 93 o número de municípios com mortes de macacos confirmadas por febre amarela. Entraram para o balanço duas cidades da Região da Zona da Mata: Juiz de Fora e Leopoldina. Segundo a Prefeitura de Juiz de Fora, o primata foi encontrado em uma área de mata próxima à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro São Pedro. Outros sete casos estão sendo investigados.
A confirmação da febre amarela em um dos macacos mortos na cidade disparou sete medidas. Não foram registrados casos suspeitos de febre amarela humana no município.
As principais medidas são a intensificação da vacinação, com a solicitação de 200 mil doses e o controle vetorial com apoio do Exército brasileiro para combate do Aedes aegypti, que em ambientes urbanos também pode transmitir a febre amarela. Além disso, foi enviado um comunicado ao Hemominas para preparação em caso de transfusão de sangue, leitos de retaguarda estão sendo disponibilizados, a rede de atendimento municipal está sendo organizada para receber possíveis casos, e a relação da prefeitura com autoridades do meio ambiente estreitada. Gerentes e enfermeiros das unidades de saúde também vão passar por treinamento para atualização dos protocolos dos cartões de vacina.
As mortes de macacos com suspeita de febre amarela se espalha pela Região Metropolitana de Belo Horizonte. Já são quatro municípios onde os óbitos dos primatas foram confirmados pela doença. Entre eles a capital mineira, que já tem a confirmação em dois animais e investiga outros nove casos. Exames também confirmaram a doença em primatas de Betim, Contagem e Juatuba.
Em outras 11 cidades, os casos ainda estão sendo investigados. Além delas, há rumores de óbitos dos primatas em cinco comunidades.
RB