A Polícia Militar de Meio Ambiente e órgãos do Sistema Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (Sisema), em ações conjuntas, tiveram trabalho em 2016 para combater o tráfico de animais. Foram aplicados mais de R$ 2,2 milhões em multas a infratores e apreendidos 1.563 espécimes. As operações seguem constantes em 2017. Em janeiro, foram apreendidos animais em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro, e em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
As espécies mais buscadas pelos traficantes em Minas são os canários-da-terra e o trinca-ferro (tempera-viola), este último pelo canto. Já o canário, por ser um animal territorialista, é bastante usado na prática de rinhas.
O tráfico de animais silvestres é crime sujeito a multa, que pode chegar a quase R$ 9 mil por espécime, e até a prisão. As pessoas flagradas por receptação, guarda e comércio dos animais, além da captura, estão sujeitas a multa entre R$ 897,09 e R$ 8.970,86 por animal, sendo o mais alto valor aplicado quando se trata de espécie ameaçada de extinção. Neste último caso, o acusado ainda responde criminalmente e pode receber pena de seis meses a um ano de prisão.
Entre as espécies mais ameaçadas de aves estão o curió, bicudo, pixoxó, cigarra verdadeira, papagaio do peito roxo, arara-canindé e arara-vermelha. Pessoas que mantêm animais em cativeiro podem fazer a entrega voluntária no Centro de Triagem de Animais Silvestre (Cetas) mais próximo de sua casa. A ação isenta o morador de quaisquer penalidades administrativas e criminais.
Neste ano, ações da Semad e da PM Ambiental fizeram apreensões em locais como Ituiutaba, onde foram encontrados mais de 100 pássaros, de oito espécies da fauna brasileira, em cativeiro. Os criadores foram autuados e um termo circunstanciado de ocorrência, assinado. Os animais foram encaminhados para triagem em Belo Horizonte. Em Contagem foram apreendidos 26 animais, entre pássaros, papagaio e uma maritaca.
(RG)