A cada dia, em média, 15 mulheres vítimas de violência doméstica ou sexual passam pelos corredores da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher de Montes Claros. Criada em 2013, a unidade encaminha à Justiça cerca de 60 inquéritos por mês, em trabalho que resulta na média de quatro medidas protetivas por dia. Algumas, se não são suficientes para prevenir as tristes marcas reveladas por hematomas pelo corpo, pelo menos são capazes de evitar que as agressões se perpetuem, com providências como as que determinam ao agressor respeitar uma distância mínima de aproximação da vítima.
A delegada Karine Maia Costa, chefe da especializada, revela que constantemente recebe vítimas com marcas de violência no rosto ou em outras partes do corpo. Foi o que ocorreu com Geralda (nome fictício), moradora da Vila Anália, em Montes Claros, que, conforme testemunhou a reportagem, chegou à delegacia com os olhos inchados e outros sinais de agressão. “Levei até uma pedrada no rosto”, contou ela, acrescentando que foi espancada pelo companheiro por motivos fúteis. E não foi a primeira vez.
Também de Montes Claros, Solange (nome fictício), mãe de quatro filhos, conta que sofreu calada com a violência do ex-marido por cerca de sete anos. Somente tomou coragem de comparecer à delegacia no fim do ano passado. “Eu não denunciava porque tinha medo. Mas um dia ele apanhou uma faca e disse que ia me matar e que também mataria meus filhos. Não aguentei mais”, relata a mulher.
Com a adoção de medidas protetivas, o agressor, que trabalha como pedreiro, é obrigado a manter uma distância mínima de 300 metros de Solange. “Para mim, foi uma alívio”, diz a doméstica, lembrando que durante os 10 anos em que esteve casada, somente nos três primeiros não foi agredida pelo ex-companheiro. “No início, ele era tranquilo. Mas, de uma hora para outra ficou violento e passou a me ameaçar e a me atacar”, relata.
A delegada Karine Maia disse que a Lei Maria da Penha contribuiu para o aumento das denúncias. Mas ela também acredita que existe um outro desafio a ser vencido. “Estamos vivendo um momento complicado. As mulheres estão descobrindo e exigindo mais seus direitos. Por outro lado, os homens não estão sabendo lidar com isso, o que causa desarmonia. Acredito que é preciso aprimorar as políticas públicas para cuidar dessa questão.”
A policial informa que a delegacia especializada de Montes Claros, além de implantar ações com a meta de reduzir a violência ligada ao gênero, presta auxílio às vítimas, com assistência jurídica, social e psicológica. Nesta semana, como parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher, a unidade lança o Projeto Diálogos, no qual os agressores, após cumprir medidas impostas pela Justiça, participarão de oficinas e palestras voltadas para a boa convivência e harmonia. Segundo ela, a participação poderá até ser determinada judicialmente, como medida obrigatória para homens enquadrados na Lei Maria da Penha.
A delegada Karine Maia Costa, chefe da especializada, revela que constantemente recebe vítimas com marcas de violência no rosto ou em outras partes do corpo. Foi o que ocorreu com Geralda (nome fictício), moradora da Vila Anália, em Montes Claros, que, conforme testemunhou a reportagem, chegou à delegacia com os olhos inchados e outros sinais de agressão. “Levei até uma pedrada no rosto”, contou ela, acrescentando que foi espancada pelo companheiro por motivos fúteis. E não foi a primeira vez.
Também de Montes Claros, Solange (nome fictício), mãe de quatro filhos, conta que sofreu calada com a violência do ex-marido por cerca de sete anos. Somente tomou coragem de comparecer à delegacia no fim do ano passado. “Eu não denunciava porque tinha medo. Mas um dia ele apanhou uma faca e disse que ia me matar e que também mataria meus filhos. Não aguentei mais”, relata a mulher.
Com a adoção de medidas protetivas, o agressor, que trabalha como pedreiro, é obrigado a manter uma distância mínima de 300 metros de Solange. “Para mim, foi uma alívio”, diz a doméstica, lembrando que durante os 10 anos em que esteve casada, somente nos três primeiros não foi agredida pelo ex-companheiro. “No início, ele era tranquilo. Mas, de uma hora para outra ficou violento e passou a me ameaçar e a me atacar”, relata.
A delegada Karine Maia disse que a Lei Maria da Penha contribuiu para o aumento das denúncias. Mas ela também acredita que existe um outro desafio a ser vencido. “Estamos vivendo um momento complicado. As mulheres estão descobrindo e exigindo mais seus direitos. Por outro lado, os homens não estão sabendo lidar com isso, o que causa desarmonia. Acredito que é preciso aprimorar as políticas públicas para cuidar dessa questão.”
A policial informa que a delegacia especializada de Montes Claros, além de implantar ações com a meta de reduzir a violência ligada ao gênero, presta auxílio às vítimas, com assistência jurídica, social e psicológica. Nesta semana, como parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher, a unidade lança o Projeto Diálogos, no qual os agressores, após cumprir medidas impostas pela Justiça, participarão de oficinas e palestras voltadas para a boa convivência e harmonia. Segundo ela, a participação poderá até ser determinada judicialmente, como medida obrigatória para homens enquadrados na Lei Maria da Penha.