O Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte sustenta que está faltando cerca de R$ 1 milhão todos os meses para que o hospital funcione normalmente, com seus 170 leitos e toda infraestrutura necessária para maternidade.
Neste momento, eles relatam que há funcionários há dois meses sem receber, também sem o pagamento do 13º salário, e ressaltam que se não houver intervenção do poder público para financiar este R$ 1 milhão que está faltando, 40 leitos podem fechar, o que pode prejudicar o atendimento.
Kalil garante repasse
O prefeito Alexandre Kalil visitou o Hospital Sofia Feldman na manhã desta quarta-feira e fez um pronunciamento ao final da reunião com o diretor técnico-administrativo da unidade, Ivo Lopes. Kalil garantiu que vai repassar R$ 5 milhões da Secretaria Municipal de Saúde para o Sofia, o que é suficiente para custear o déficit da maternidade nos próximos cinco meses.
O prefeito fez duras críticas ao governo federal, ao dizer que Belo Horizonte é a terceira capital do país, mas tem apenas o 20º orçamento do Sistema Único de Saúde (SUS). Ele afirmou que vai a Brasília negociar a situação, pois não é possível que uma maternidade como o Sofia Feldman permaneça na situação em que está.
Por meio de nota, o Ministério da Saúde informou que o hospital Sofia Feldman está sob gestão municipal, “portanto a responsabilidade pela sua contratualização é do gestor local, considerando que tais acordos são de responsabilidade local e regional e devem garantir a melhor oferta assistencial e o acesso da população aos serviços de saúde”.
Quanto aos repasses do teto de Média e Alta Complexidade para o município de Belo Horizonte, o Ministério da Saúde afirmou que estão em dia. “Em fevereiro deste ano, Belo Horizonte recebeu do Ministério da Saúde R$ 91,88 milhões para ações de média e alta complexidade, recurso que o município pode direcionar entres as unidades de saúde que atendem pelo SUS.