Os familiares de Gabriela Gomes de Oliveira, de 8 anos, buscam um doador de medula óssea para a garota residente no Bairro Tupi, na Região Norte de BH. Gabriela foi diagnosticada em janeiro de 2017 com aplasia medular e, desde então, com o início do tratamento, a família se mobiliza para encontrar um doador, em compatibilidade, para a criança.
A mãe de Gabriela, Cleusa Gomes de Oliveira, de 48 anos, relata sobre o processo de diagnóstico da doença na garota. “A gente estava em São José do Buriti passando o Natal e o revéillon quando ela começou a se queixar de dores de garganta e registrar febre. Levamos ela em uma pediatra no posto de saúde do município e foi receitado amoxicilina, mas após três dias tomando o remédio eu percebi que a boca dela estava cheia de ferimentos e que haviam manchas de sangue no colchão dela. Já em Belo Horizonte, fomos até o Biocor e após repetir por duas vezes o exame de hemograma, por causa dos baixos índices de plaqueta e hemácias, os médicos suspeitaram de leucemia. Ela foi internada e fez uma ressonância magnética mostrando que 90% da medula dela já estava paralisada, e ai a médica disse que ela estava com aplasia medular” relatou.
Após o diagnóstico da doença, Gabriela permaneceu internada por 14 dias, mas depois de um pedido da mãe ao hospital, a criança conseguiu ir para casa, onde prossegue ao tratamento.
Cleusa Gomes relata que na casa da família a rotina foi alterada completamente, devido às necessidades de Gabriela. “Ela usa máscara e luvas o dia todo, não pode ficar com as janelas fechadas, não pode receber vacinas, não pode ser picada por insetos, não pode ter contato com muitas pessoas e animais. A gente só pode ter contato com ela usando álcool gel e máscaras também.Eu tive que deixar a minha casa para morar com ela e a irmã, de 10 anos, na casa da minha mãe que é maior e mais arejada,” relatou.
Segundo Cleusa, a doença fez com que a garota sofresse alterações na rotina de atividades, o que tem causa tristeza em Gabriela que não pode mais frequentar as aulas de natação e de balé, além da ausência nas aulas na Escola Municipal Sérgio Miranda. “O diretor da escola que ela estuda e que eu também trabalho, conseguiu junto à Secretaria de Educação que um professor viesse até nossa casa para dar aulas particulares,” afirmou a auxiliar de serviços gerais.
Outra adaptação na vida de Gabriela, foi na alimentação. Segundo Cleusa, apesar de algumas restrições, a alimentação é normal; porém, os médicos passaram uma dieta, pois desde que Gabriela iniciou o tratamento em casa, ela já engordou 7kg. “A comida dela tem que ser muito cozida, ela não pode comer nenhuma verdura ou legume sem passar por cozimento, as frutas tem que ser descascadas e sem as sementes, ela também não pode tomar leite e iogurtes mais, a gente tem que cozinhar usando máscaras e fazendo uso de álcool gel".
A família pede que os interessados em ajudar entrem em contato com a Fundação Hemominas nos telefones: 3768/4500 ou 3226-2002.
De acordo com a hematologista Paula Bastos Marun, a aplasia medular é uma doença rara e que exige avaliação minuciosa dos médicos para que se chegue a um diagnóstico final preciso. “É uma doença de exclusão. Para que a gente chegue a uma conclusão, é preciso fazer um levantamento histórico hematológico e de alterações genéticas do paciente', afirmou.
Ainda de acordo com a médica, a aplasia medular é uma doença benigna, mas de gravidade importante, pois a medula do paciente para de produzir células de defesa, células de plaquetas e de hemoglobina. O tratamento, segundo ela, é diferente para pessoas até 40 anos e acima desta idade. “Para pessoas até 40 anos, o tratamento é o transplante de medula óssea que resulta na cura. Já para os pacientes acima dos 40, o tratamento é feito com remédios.”
No Brasil, uma cada 100 mil pessoas apresentam compatibilidade para realizar a doação de medula óssea, segundo o REDOME – Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea e o INCA - Instituto Nacional de Câncer. A dificuldade em se conseguir realizar transplantes deste tipo, fez com que, em 2015 o terceiro sábado do mês de setembro fosse marcado pelo Dia Mundial do Doador de Medula Óssea.
Em Minas Gerais, os interessados em se cadastrar no banco de doadores de medula, devem procurar uma unidade da Fundação Hemominas, onde serão submetidos a uma coleta de sangue inicial para testes de compatibilidade.
A mãe de Gabriela, Cleusa Gomes de Oliveira, de 48 anos, relata sobre o processo de diagnóstico da doença na garota. “A gente estava em São José do Buriti passando o Natal e o revéillon quando ela começou a se queixar de dores de garganta e registrar febre. Levamos ela em uma pediatra no posto de saúde do município e foi receitado amoxicilina, mas após três dias tomando o remédio eu percebi que a boca dela estava cheia de ferimentos e que haviam manchas de sangue no colchão dela. Já em Belo Horizonte, fomos até o Biocor e após repetir por duas vezes o exame de hemograma, por causa dos baixos índices de plaqueta e hemácias, os médicos suspeitaram de leucemia. Ela foi internada e fez uma ressonância magnética mostrando que 90% da medula dela já estava paralisada, e ai a médica disse que ela estava com aplasia medular” relatou.
Após o diagnóstico da doença, Gabriela permaneceu internada por 14 dias, mas depois de um pedido da mãe ao hospital, a criança conseguiu ir para casa, onde prossegue ao tratamento.
Cleusa Gomes relata que na casa da família a rotina foi alterada completamente, devido às necessidades de Gabriela. “Ela usa máscara e luvas o dia todo, não pode ficar com as janelas fechadas, não pode receber vacinas, não pode ser picada por insetos, não pode ter contato com muitas pessoas e animais. A gente só pode ter contato com ela usando álcool gel e máscaras também.Eu tive que deixar a minha casa para morar com ela e a irmã, de 10 anos, na casa da minha mãe que é maior e mais arejada,” relatou.
Segundo Cleusa, a doença fez com que a garota sofresse alterações na rotina de atividades, o que tem causa tristeza em Gabriela que não pode mais frequentar as aulas de natação e de balé, além da ausência nas aulas na Escola Municipal Sérgio Miranda. “O diretor da escola que ela estuda e que eu também trabalho, conseguiu junto à Secretaria de Educação que um professor viesse até nossa casa para dar aulas particulares,” afirmou a auxiliar de serviços gerais.
Outra adaptação na vida de Gabriela, foi na alimentação. Segundo Cleusa, apesar de algumas restrições, a alimentação é normal; porém, os médicos passaram uma dieta, pois desde que Gabriela iniciou o tratamento em casa, ela já engordou 7kg. “A comida dela tem que ser muito cozida, ela não pode comer nenhuma verdura ou legume sem passar por cozimento, as frutas tem que ser descascadas e sem as sementes, ela também não pode tomar leite e iogurtes mais, a gente tem que cozinhar usando máscaras e fazendo uso de álcool gel".
A família pede que os interessados em ajudar entrem em contato com a Fundação Hemominas nos telefones: 3768/4500 ou 3226-2002.
APLASIA MEDULAR
De acordo com a hematologista Paula Bastos Marun, a aplasia medular é uma doença rara e que exige avaliação minuciosa dos médicos para que se chegue a um diagnóstico final preciso. “É uma doença de exclusão. Para que a gente chegue a uma conclusão, é preciso fazer um levantamento histórico hematológico e de alterações genéticas do paciente', afirmou.
Ainda de acordo com a médica, a aplasia medular é uma doença benigna, mas de gravidade importante, pois a medula do paciente para de produzir células de defesa, células de plaquetas e de hemoglobina. O tratamento, segundo ela, é diferente para pessoas até 40 anos e acima desta idade. “Para pessoas até 40 anos, o tratamento é o transplante de medula óssea que resulta na cura. Já para os pacientes acima dos 40, o tratamento é feito com remédios.”
No Brasil, uma cada 100 mil pessoas apresentam compatibilidade para realizar a doação de medula óssea, segundo o REDOME – Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea e o INCA - Instituto Nacional de Câncer. A dificuldade em se conseguir realizar transplantes deste tipo, fez com que, em 2015 o terceiro sábado do mês de setembro fosse marcado pelo Dia Mundial do Doador de Medula Óssea.
Em Minas Gerais, os interessados em se cadastrar no banco de doadores de medula, devem procurar uma unidade da Fundação Hemominas, onde serão submetidos a uma coleta de sangue inicial para testes de compatibilidade.