O treinador de uma escolinha de futebol do Bairro Glória, na Região Noroeste de Belo Horizonte, foi preso sob suspeita de abusar de três alunos adolescentes.
A denúncia da mãe de um adolescente de 13 anos foi feita em janeiro. “A mãe começou a monitorar um aplicativo de mensagens instantâneas e descobriu conversas estranhas entre o filho e o professor da escolinha de futebol que ele frequentava. Com base nisso, ela conversou com o menino e ele contou que tinha ficado com o homem”, explicou a delegada Isabela Franca Oliveira, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente.
Diante da situação, a mulher procurou a delegacia para fazer a denúncia. Lá, apontou outros alunos que poderiam ter sofrido abuso.
O treinador chegou a dar presentes aos adolescentes, como camisas de futebol e chuteira, segundo a delegada. Ao ser ouvido, o treinador afirmou que dava os "agrados" para ajudar os alunos e também visando ser empresário dos garotos caso algum conseguisse contratos com times de futebol profissional.
A denúncia surpreendeu moradores do bairro e familares dos alunos. “O treinador tinha uma relação muito próxima com a família dos garotos. Chegava até a viajar com eles. É uma pessoa muito querida no bairro, na escola, e tinha a confiança de todos. Ele trabalha na escola há aproximadamente 10 anos”, comenta Isabela Oliveira.
O treinador será indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena é de de oito a 15 anos de prisão, e estupro, com pena de oito a 12 anos. As investigações vão continuar para tentar identificar outras possíveis vítimas do homem. “Acredito que possa haver outras vítimas, pois tem muito tempo que (o treinador) trabalha na escola e tem um relacionamento muito próximo com os adolescentes.
A delegada fez um alerta aos pais dos adolescentes. “Temos que ressaltar também que os pais devem monitorar as conversas dos filhos, pois foi assim que se chegou até as três vítimas”, afirmou.
Professor nega as acusações
Ao ser apresentado à imprensa na manhã desta quarta-feira, o professor negou as acusações contra ele. “Tudo mentira. Sou inocente. Não tive nada com as crianças. Tem 10 anos que trabalho lá e nunca tive problemas com nenhum menino”, afirmou. Quando questionado sobre a troca de mensagens com o garoto monitorado pela mãe, o treinador disse que não era verdade. Já sobre os presentes, afirmou que os dava para ajudar os alunos. “Da mesma forma que ajudava os outros meninos quando precisavam de alguma chuteira ou algo assim.
RB
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