"Se cuida, se cuida, se cuida seu machista, a América Latina vai ser toda feminista".
Este é o canto entoado por centenas de mulheres em ato pela busca da igualdade entre gêneros. O grupo está concentrado na Avenida João Pinheiro, na pista que liga ao Centro da cidade. O movimento faz parte da Greve Internacional de Mulheres, movimento também conhecido pela sigla M8, com adesões em quase 50 países. No Brasil, mais de 60 cidades participam da mobilização, que lembra o dia internacional dedicado a elas.
O protesto M8 foi concretizado após as greves realizadas por ativistas na Polônia e na Argentina, como resposta à violência social, legal, política, moral e verbal enfrentada pelas mulheres. A proposta é que elas suspendam por um dia as tarefas domésticas e as atividades remuneradas, se reúnam e debatam a desigualdade de gênero.
Um dos temas que será debatido no ato é a violência contra a mulher.
Reportagem divulgada nessa terça-feira pelo
Estado de Minas mostra números que comprovam um cenário de apreensão: a cada hora, 15 mulheres são vítimas de estupros, torturas, espancamentos, humilhações, homicídios, roubos e outras formas de agressão em Minas, no ambiente doméstico e familiar. Entre os agressores, 43% são os próprios companheiros ou namorados das vítimas. Os dados fazem parte do Diagnóstico da Violência Doméstica e Familiar, divulgado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública.
Além desses pontos, outro tema que será retratado no movimento de Belo Horizonte é o debate em torno da reforma previdenciária e trabalhista no país. Com a proposta do governo Michel Temer, as mulheres temem ter seus direitos prejudicados.
RB
.