A última estimativa mostra que cerca de 2,9 mil pessoas se encontram em situação de rua na capital mineira. O secretário pontua que o quadro se mantém com a exclusão de pessoas do serviço, doentes e abrigos precários. Este cenário foi mostrado pela reportagem do Estado de Minas em julho, que denunciou as condições deficientes do maior abrigo para a população em situação de rua da capital, o Tia Branca, com doentes de tuberculose em tratamento deficiente ameaçando transmitir a infecção, precariedade sanitária, infestações de percevejos, violência de grupos de albergados.
Na época, o Ministério Público de Minas Gerais recomendou à prefeitura “a completa desativação da unidade de acolhimento institucional Tia Branca” e a criação de unidades “com a observância das exigências estabelecidas nas normas da assistência social, especialmente a resolução do Conselho Nacional de Assistência Social”. Até o momento, mais de seis meses depois, a situação não se reverteu. Com essa nova medida, o secretário afirma não estar nos planos encerrar as atividades no local, mas melhorar as condições.
“Assumimos a gestão no início do ano, e o nosso primeiro diagnóstico é de ausência na cidade de uma ação proativa do estado para proteção dessas pessoas. Hoje, por exemplo, não se sabe a quantidade de toalhas de banho necessárias, o número de pessoas que podem ser acolhidas por instituição nem de refeições. Queremos aprimorar desde a abordagem social especializada em situação de rua até a o acolhimento médico dessas pessoas.