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Estado de Minas

Obras de centro multiuso no antigo Imaco vão passar por nova licitação

Sudecap informou que ainda não há prazo definido para conclusão das intervenções, que começaram em 2013 e passaram por vários problemas


postado em 11/03/2017 06:00 / atualizado em 11/03/2017 08:09

Desacerto entre o Governo de Minas e a Prefeitura de BH provocou o abandono das obras no antigo Imaco, que fica no Parque Municipal Américo Renné Giannetti(foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS)
Desacerto entre o Governo de Minas e a Prefeitura de BH provocou o abandono das obras no antigo Imaco, que fica no Parque Municipal Américo Renné Giannetti (foto: Leandro Couri/EM/D.A PRESS)
A novela da construção do Espaço Multiuso, no lugar do antigo Colégio Imaco, dentro do Parque Municipal Américo Renné Giannetti, no Centro de Belo Horizonte, está longe de acabar. As obras, que tiveram início no primeiro semestre de 2013 e foram interrompidas diversas vezes, deverão passar por novo processo de licitação. Segundo a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), os novos prazos de execução e novo orçamento do projeto serão divulgados na publicação de uma nova licitação que já está sendo formulada, mas não há prazo definido.

Em 2013, quando o Parque Municipal completava 116 anos, o projeto foi aprovado. A ideia era construir um espaço com palco para shows, biblioteca e cafeteria, entre outros, com capacidade para 3 mil pessoas e intuito de atrair mais visitantes. Previsto inicialmente para ser concluída em abril do ano seguinte, a construção do Espaço Multiuso, foi paralisada ainda em 2013 “para adequação de planilhas”, informou a Sudecap. Ainda de acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), os trabalhos da obra foram retomados no fim do mesmo ano e paralisados novamente no segundo semestre de 2015, e, desde então, não há avanço no projeto.

A PBH comunicou que um novo convênio com o Estado (MGI/Setop), que é o concedente dos recursos, foi firmado para que a execução da obra tenha continuidade em 2017. “A Sudecap está realizando os procedimentos necessários para que nova licitação de obras seja realizada neste ano. Os novos prazos de execução e novo orçamento da obra serão divulgados na publicação da nova licitação”, afirmou o órgão. A prefeitura ainda ressaltou que, até o momento, foram feitas a demolição do Colégio Imaco, as fundações e construção de parte da estrutura, parte das instalações elétricas e hidráulicas. No entanto, a reportagem do EM flagrou a situação de completo abandono do espaço. Em meio às obras, o mato é alto e cerca o que já foi construído. Além disso, os elevadores e outros materiais da obra foram deixados ao ar livre, ficando expostos às mudanças climáticas.

INTEGRAÇÃO Com projeto do arquiteto Gustavo Penna e demandando, inicialmente, recursos de R$ 13,3 milhões, segundo a PBH, o Multiuso deverá ter palco para shows e plateia com capacidade para 3 mil pessoas, além de varandão integrado ao meio ambiente, acessos a uma biblioteca, cafeteria e outros serviços. Na solenidade de lançamento do projeto, foi divulgado que a gestão do espaço será da Fundação Municipal de Cultura (FMC), embora a área seja administrada pela Fundação de Parques Municipais.

Na época, diante do então governador e hoje senador Antonio Anastasia e outras autoridades, o então prefeito Marcio Lacerda declarou: “Trata-se de uma obra emblemática para todos nós, pois o Parque Municipal é um espaço democrático e terá sua importância mais destacada. O projeto foi elaborado entre 2007 e 2008, e teve processo de licitação há mais de um ano, mas enfrentou dificuldades, na época, para obter financiamento no Ministério do Turismo. Dessa forma, o governador entrou como parceiro”.

Desativado sob polêmica

No fim da década de 2000, causou polêmica o projeto de demolição do Colégio Imaco, inaugurado em 1952, quando Américo Renné Giannetti era prefeito (1951 a 1954). Em 2009, o prédio foi desativado. O anúncio da nova construção se deu em abril de 2013, mas, em agosto seguinte, houve paralisação dos serviços durante mais de dois meses. O motivo então alegado pela Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) era de que estava sendo feito o “refinamento dos projetos”, que, para especialistas, se traduzia em problemas nas fundações, o que depois foi resolvido. Ao mesmo tempo, a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop) informava que a liberação de recursos por parte do governo estadual estava condicionada à solução de pendências técnicas no projeto.

Nossa história

Ensino de qualidade no parque

Instituto Municipal de Administração e Ciências Contábeis, o conhecido Colégio Imaco, era uma escola de 5ª a 8ª série do ensino fundamental e da 1ª a 3ª série do ensino médio, no Parque Municipal Américo Renê Giannetti, no Centro de Belo Horizonte. O Imaco foi construído em 1954, com o objetivo de oferecer cursos técnicos. Durante décadas, destacou-se na capital por seu corpo docente capacitado e diferenciado. Em 2010, deixou o prédio no parque e foi transferido para a Rua Gonçalves Dias, 1.188, no Bairro de Lourdes, Centro-Sul da cidade. Atualmente, a escola oferece ensino fundamental a 792 alunos entre 6 e 14 anos, atendidos em três turnos, além de turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA).

 


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