O serviço do Piloto 31, aplicativo de transporte de passageiros usando motocicletas, terá valor de R$ 0,90 por quilômetro rodado e R$ 0,15 por minuto. O preço será fixado em R$ 5, caso a corrida seja igual ou inferior a quatro quilômetros. O pagamento poderá ser em cartão de crédito ou dinheiro. Segundo a empresa, 300 parceiros já se cadastraram. A meta é chegar a R$ 2 mil parceiros. Diferentemente do Uber e outros aplicativos, que cobram dos seus parceiros um percentual em torno de 25% nas corridas, o Piloto 31 exigirá dos colaboradores uma “mensalidade” de R$ 100.
“O motociclista, que deverá ter ao menos dois anos de habilitação, vai tirar o capacete e se identificar ao usuário. Haverá coletes.
Os veículos, que precisam ter mais de 125 cilindradas, devem ser fabricados a partir de 2010. O Piloto 31 vai também controlar a velocidade das motos por meio de um GPS. Caso o condutor ultrapasse a velocidade de 60km/h, será bloqueado temporariamente do aplicativo.
Por sua vez, a BHTrans não concorda com aplicativos para passageiros que destoem da Lei 10.900, aprovada na gestão de Marcio Lacerda para “enquadrar” o Uber e similares. A norma prevê, por exemplo, que os condutores dos veículos sejam cadastrados na empresa que gerencia o trânsito, como ocorre com taxistas. O infrator pode ser multado em R$ 30 mil.
Em nota, a empresa que gerencia o trânsito na capital informou que o uso de aplicativos destinados “à captação, disponibilização e intermediação de serviços de transporte individual remunerado de passageiros está condicionada ao prévio credenciamento do operador e/ou administrador junto à BHTrans”.
Entretanto, por causa de uma liminar obtida pela Sociedade dos Usuários de Informática e Telecomunicações de Minas Gerais (Sucesu-MG), a BHTrans está impedida de fiscalizar os aplicativos e seus parceiros. O alerta foi estampado pela Piloto 31 em sua página no Facebook.
Diz a mensagem do aplicativo: “A falta de reconhecimento do serviço não o torna ilegal. As autoridades belo-horizontinas não podem praticar atos que coíbam o uso de aplicativos que têm por objetivo promover o transporte individual de passageiros, por força de mandado de segurança impetrado pela Sucesu-MG e deferido em 10 de março de 2016. Nossos colaboradores e usuários podem ficar tranquilos quanto ao projeto, que continuará a seguir o cronograma previsto para que o lançamento do aplicativo ocorra o quanto antes”.
Procurada, a Prefeitura de Contagem não comentou o assunto. Ninguém na Transcon, que gerencia o trânsito no município, foi encontrado para avaliar o aplicativo.
PEGCAR
Já está disponível desde janeiro um novo aplicativo de transporte em BH. O Pegcar permite que motoristas aluguem seus próprios veículos, aproveitando o tempo de ociosidade do automóvel para ganhar dinheiro.