Os usuários de redes sociais de relacionamento devem ter cuidado para não cair em golpes ou manter contato com criminosos que aproveitam para cometer crimes. É o caso de Vanessa da Silva Correia, de 30 anos, estelionatária presa pela Polícia Civil em João Monlevade, na Região Central de Minas. Ela se passava por piloto de uma companhia aérea, ou até mesmo por mulheres, para ludibriar as vítimas e fazê-las depositar dinheiro. A jovem criava uma situação de emergência para convencer as pessoas. Já foi identificado prejuízo de R$ 50 mil. Ao ser apresentada na tarde desta segunda-feira, ela negou os crimes.
As investigações constataram que desde 2015 a mulher recebia depósitos em sua conta pessoal. Alguns perfis falsos de homens e mulheres foram encontrados pelos policiais do Departamento Estadual de Investigação de Fraudes. Ela se passava por 'Pierre', 'Bernardo', 'Thiago', e 'Virgínia'.
Em alguns casos, as vítimas relataram que ela se passava por piloto de uma companhia aérea que tinha sofrido um acidente e que receberia uma indenização em outros países. “Dizia que tinha indenizações para receber em Londres ou na França, por exemplo. Ela falava que precisava de dinheiro para pagar passagem para ir aos lugares. Caso contrário, não receberia a indenização de mais de 80 mil euros”, comenta a delegada.
O perfil das vítimas da estelionatária eram mulheres de classe média com idades entre 30 e 40 anos, que têm curso superior. Segundo Renata Fagundes, a capacidade de manipulação de Vanessa ajudou a enganar as vítimas. “Quando você lê a conversa dela com as vítimas, parecia que as pessoas estavam entregando o dinheiro sem que ela pedisse. Em algumas ocasiões, a vítima insistia para ela receber o dinheiro”, comentou.
Em um dos casos, uma das vítimas começou a desconfiar. Por isso, no perfil falso, a estelionatária falou que a irmã iria se apresentar a ela. Vanessa se passou pela mulher e levou a pessoa que conheceu nas redes sociais até João Monlevade, onde apresentou a família falsa do personagem criado por ela.
Os relacionamentos duravam até cinco meses. Uma das vítimas chegou a ter problemas psicológicos quando descobriu o golpe e tentou tirar a própria vida. “Uma das vítimas teve prejuízo financeiro de mais de R$ 30 mil e manteve relacionamento por um período de tempo um pouco maior.
Mulher nega as acusações
Vanessa foi presa na última quinta-feira em João Monlevade. Ao ser apresentada nesta segunda-feira pela polícia, negou as acusações. “Não aplicava esse golpe. Não tem família falsa, não tem Thiago, não tem nada”, se limitou a dizer. Elas foi encaminhada para o presídio de São Joaquim de Bicas II, na Grande BH.Vai responder por estelionato. Se condenada, pode pegar de um a cinco anos de prisão. A polícia investiga se outras pessoas ajudaram a mulher no golpe.
A delegada faz um alerta para as pessoas não caírem no golpe. “Devem ficar atentos ao utilizar as redes sociais. Quando conhecer a pessoa e iniciar o relacionamento, não tem que criar o vínculo tão rápido.
RB
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