A quarta-feira é marcada por paralisações e protestos contra a reforma da Previdência Social em todo o país.
Cerca de 400 pessoas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST protestam na BR-381, na descida da Petrobras, em Betim. O trânsito ficou parado no sentido Betim, com reflexos até o Bairro Amazonas, mas o trânsito já foi liberado.
A BR-262 registra três pontos de interdição nesta manhã. Ativistas do MST interditam a pista no KM 578, em Campos Altos, no Alto do Paranaíba; no KM 116, em Manhuaçu, na Zona da Mata e no perímetro entre os quilômetros 50 e 51, entre os municípios de Manhuaçu e Realeza.
Outra rodovia com pontos de interdição é a BR-116. Segundo a PRF, manifestantes de movimentos sindicais rurais e da educação, fecham a via, nos dois sentidos, no KM 552, próximo ao município de Santa Bárbara do Leste.
Como antecipado pelo Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindmetro), os trens não circulam em BH hoje, mesmo com a liminar obtida pela CBTU junto ao Tribunal Regional do Trabalho determinando o funcionamento de “no mínimo 80% dos trens, no horário das 05h30 às 10h e das 16h às 20h, de segunda a sexta-feira, e de, no mínimo 50% nos demais horários e dias da semana”. Por meio de nota, a Companhia informou que a decisão impõe multa de R$ 250 mil ao sindicato pelo descumprimento da liminar.
Já os ônibus operam normalmente. O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Belo Horizonte (STTR-BH) informou ontem que vai participar das atividades da data, mas não há paralisação marcada. Se houvesse algum protesto, será de forma espontânea, por parte dos trabalhadores. Ainda segundo a BHTrans, as linhas do Move tiveram reforço nas viagens.
Professores de grandes escolas da rede particular anunciam que também cruzaram os braços contra a reforma da Previdência As redes estadual e municipal de educação decretaram paralisação e greve geral.
O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte (Sindibel), Israel Arimar, informou que ainda não há um balanço dos serviços afetados pela paralisação. “Nossa previsão é de que os postos (de saúde) estarão fechados ou com a presença mínima de trablhadores. Nas Upas e no Hospital Odilon Behrens, a gente mantém pelo menos 30% funcionando”, explicou.
Ainda segundo Israel Arimar, também aderiram à paralisação funcionários do setor administrativo da Prefeitura de Belo Horizonte, fiscalização, assistência social e os trabalhadores efetivos da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), responsáveis pela coleta de lixo na cidade. Não há informações sobre os terceirizados da limpeza.
O Sindibel também vai participar da manifestação às 9h na Praça da Estação, que vai reunir diversas entidades sindicais. Conforme o sindicato, às 11h30, os manifestantes seguirão em passeata pelo Centro da capital com uma parada na Praça Sete, e seguindo para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Educação
Escolas particulares também estão fechadas nesta quarta-feira. No Colégio Magnum do Bairro Nova Floresta pais de alunos foram orientados com circulares para os estudantes e e-mails. A estratégia funcionou bem, já que, segundo funcionários da portaria, nenhum desavisado apareceu achando que as aulas seriam normais. O Colégio São Miguel Arcanjo, também no Nova Floresta, está com as atividades paralisadas nesta quarta-feira.
Saúde
O motoboy Marcelo Thomaz, de 35, veio trazer a filha de um ano e seis meses para atualizar o cartão de vacina, conforme já estava agendado, mas encontrou o setor fechado. "Vamos voltar amanhã. Falaram que os funcionários aderiram à paralisação", afirma.
Outro posto que está com atendimento comprometido hoje é o Centro de Saúde Vilas Reunidas, no Bairro União. Diferente do São Gabriel, casos de urgência estão sendo atendidos, até porque a equipe médica está presente. Já os serviços que dependem da enfermagem, como vacinas, coleta de sangue e farmácia, estão fechados e a previsão é que retornem amanhã.
Agentes penitenciários aderem à paralisação
O Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária de Minas Gerais - Sindasp-MG, também anunciou nesta manhã de quarta-feira, em nota, que haverá paralisação do setor no decorrer do dia. As unidades Dutra Ladeira, José Maria Alkimin e Nelson Hungria, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, além dos presídios de Montes Claros, Unaí, Paracatu, Patos de Minas, Uberlândia e as penitenciárias PJMA, PAOJ, 16º RISP, já estão com as atividades de atendimentos aos advogado e oficiais de justiça, banhos de sol, visitas, assistências penais, atendimentos de saúde - exceto em casos de urgência - e recebimento de presos, paralisadas.
O ato ocorre em conformidade com a Federação Nacional Sindical dos Servidores Penitenciarios - FENASPEN, em represália à PEC248, da Reforma da Previdência. Diretores do Sindicato estarão nas unidades citadaspara prestarem esclarecimentos sobre a paralisação.
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