Assim como na rede estadual, professores da rede municipal de Belo Horizonte estão em greve por tempo indeterminado. A suspensão das atividades dos profissionais da capital teve início nessa quarta-feira (15), durante o Dia Nacional de Paralisação e Mobilização contra a Reforma da Previdência e Trabalhista, e deve durar até pelo menos a próxima quarta-feira (22), quando será revista em assembleia geral com a categoria.
De acordo com a professora Jacinta Gomes Silva Braga, uma das diretoras do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede), a principal pauta da categoria é a posição contrária à reforma previdenciária, classificada por ela como “um grande prejuízo aos profissionais e à educação”.
“Há uma unânimidade no entendimento de que essa proposta é um desmonte da Previdência, que afeta diretamente os professores. Atualmente, a categoria conta a aposentadoria especial. São cinco anos a menos para se alcançar o benefício, em razão do tipo de atividade que o professor exerce. Com a proposta, a categoria terá que trabalhar 25 anos a mais”, afirma Jacinta.
A Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte informou que a paralisação interrompeu as atividades em cerca de 7% das escolas municipais. Afirmou também que preza pela garantia do direito dos alunos à carga horária estabelecida de acordo com o calendário e, nas unidades onde for necessária, datas de reposição de aulas serão definidas.
Sobre o movimento, a pasta disse que respeita o direito de livre manifestação e que, embora o ato tenha como foco principal questões de âmbito nacional, a secretaria está atenta aos pontos de discussão que forem levantados pela categoria em relação aos servidores municipais.
"A Smed mantém política de diálogo permanente com a entidade sindical que representa os servidores da educação municipal e já fez diversas reuniões ao longo dos primeiros meses do ano para discutir pontos apresentados como importantes", informou a pasta.
(RG)