Os investigadores chegaram ao jovem de 19 anos, que já tem dois boletins de ocorrência por pichação, por meio de denúncias depois que o fato ganhou repercussão na mídia. Na delegacia, ele chegou acompanhado do pai e não quis dar entrevista, se mostrando bastante frio e negando qualquer participação no crime. Ele disse aos policiais que passou toda a noite e madrugada do fato em casa e as informações que ele deu à polícia agora serão checadas pela investigação.
Uma segunda pessoa também será ouvida, possivelmente que tem algum tipo de relação com a palavra que foi pichada na lateral da igrejinha e que representa uma filosofia que prega a organização da vida em sociedade. Além do templo, a pichação também foi feita na fachada da lanchonete que ocupa a praça da igrejinha.
O vandalismo no monumento, que é um dos principais símbolos de Belo Horizonte, ocorreu pela segunda vez em um ano. Porém, dessa vez a Pampulha já tinha o título concedido pela Unesco de Patrimônio Cultural da Humanidade e também já contava com uma fiscalização 24 horas lançada pela Guarda Municipal em março do ano passado, quando ocorreu a primeira pichação.
Nenhuma das duas situações foi suficiente para evitar o crime ambiental, assim como a presença de uma câmera do Olho Vivo, gerenciada pela Polícia Militar, que cobre apenas uma das laterais e o fundo do templo e não registrou nenhuma ação de pichadores.
Em nota, a Arquidiocese de Belo Horizonte lamentou o ato de vandalismo que contribuiu para a depredação de um patrimônio estimado por todos os belo-horizontinos e recentemente reconhecido pela Unesco como bem cultural de toda a humanidade.
“A Arquidiocese acompanha de perto, ajudando nos trabalhos de apuração iniciados pelas autoridades e, em diálogo com os órgãos do poder público responsáveis pela salvaguarda do patrimônio histórico e artístico, buscará a solução adequada para a limpeza da fachada lateral da Igreja São Francisco de Assis”, diz o texto enviado pela assessoria.