Neste primeiro semestre de 2017, alunos calouros e veteranos da UNA já podem realizar, pelo site da instituição, até 31 de março, um requerimento para uso do nome social. O centro universitário aprovou, em 2015, resolução que garante que seus alunos sejam chamados pelos nomes com que se identificam, de acordo com a identidade de gênero, sendo a pioneira entre as instituições de ensino superior em Minas.
Além disso, ele afirma que teve ajuda dos professores e coordenadores. "Tive a segurança e liberdade de me abrir e contar a eles o que eu estava passando. Os professores me ajudaram a ter mais informações e me indicaram outras pessoas trans, para que eu pudesse trocar experiências. Isso foi fundamental para que eu tivesse uma transição mais tranquila e segura."
Para Roberto Reis, coordenador do projeto de extensão "Una-se Contra a LGBTfobia", foi surpreendente verificar que, depois de estabelecido um primeiro contato, algum preconceito que eventualmente existisse foi enormemente minimizado. Gael reforça ainda que a iniciativa é essencial como forma de respeito às pessoas trans. "Para mim essa mudança foi extremamente importante, pois meu nome de registro não me representa. Seria uma tortura se durante todas as aulas, por exemplo, durante a chamada o professor falasse um nome feminino e eu tivesse que responder".
Para os alunos que estão ingressando agora na universidade, o estudante também sugere que procurarem o projeto de extensão. "O Una-se cria um ambiente mais tolerante e respeitoso para os alunos, e virou um ponto de apoio para nós alunos e os funcionários LGBTs. O grupo é muito aberto, qualquer um pode vir conversar com a gente. A ideia é fazer com que a faculdade seja um ambiente diferente do que as pessoas transgêneros estão fadadas a estar", enfatiza.
(RG)