Por meio de nota, a polícia informou que vai investigar as causas e circunstâncias em que ocorreu o rompimento do duto. “Na sexta-feira (17), uma equipe da PCMG%u200B esteve no local da ruptura, realizando uma vistoria e constatando os elementos necessários para a apuração do fato. Os policiais civis, ainda, obtiveram os primeiros relatórios da mineradora sobre sua atuação para conter a emissão dos rejeitos nas águas do rio”, diz a corporação. O problema, segundo o Núcleo de Emergência Ambiental (NEA) da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), foi na junção de dois tubos subterrâneos do mesmo rejeitoduto, o que resultou no vazamento de detritos e lama que atingiram a rede de drenagem pluvial da estrada operacional da Vale.
De lá a sujeira seguiu para a Barragem Forquilha IV, escoou próximo ao vertedouro, carreando os rejeitos para o Córrego da Prata, no encontro com o Córrego das Almas e o Ribeirão Mata-Porco. De lá, a mancha de lama vermelha seguiu até o Rio Itabirito e atingiu o Rio das Velhas, percorrendo um total de 77 quilômetros até a captação da Copasa em Bela Fama, que provê 70% da água consumida por Belo Horizonte. A concessionária informou que a elevação da turbidez (densidade de sólidos suspensos na água) não chegou a afetar o tratamento e a distribuição.
Os primeiros sinais do rompimento apareceram em 12 de março, um domingo, quando um morador ribeirinho entrou em contato com o secretário de Meio Ambiente de Itabirito, Antônio Marcos Generoso, informando que a água estava com uma coloração avermelhada. No dia seguinte, equipes da prefeitura começaram a investigar e, seguindo o rastro da sujeira, chegaram até o local do vazamento.
Por meio de nota, a Vale informou que protocolou o cronograma de mitigação, a tempo e modo, junto a órgãos ambientais. Porém, não comentou a investigação da Polícia Civil.