A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) informou, na tarde desta quarta-feira, que depositou R$ 5 milhões de repasse prometido pelo prefeito Alexandre Kalil (PHS) ao Hospital Sofia Feldman, maior maternidade do país, localizado na Região Norte da capital. A unidade de saúde, a maior maternidade do país, enfrenta crise financeira. A administração municipal fez um apelo aos governos estadual e federal para resolver os problemas das unidades de saúde da capital.
A liberação de R$ 5 milhões, via Secretaria Municipal de Saúde, foi prometida em 9 março deste ano, durante manifestação de funcionários, mães e crianças na porta da unidade de saúde. A verba vai ajudar a compensar o déficit mensal de mais de R$ 1 milhão do hospital. A crise vem provocando falta de insumos básicos e atraso em salários.
Por meio de nota, a PBH afirmou que o depósito foi feito nesta quarta-feira. “A prefeitura esclarece que, apesar de estar absolutamente em dia com o hospital, entende que a boa vontade e a preocupação com esse setor tão abandonado pelo poder público, que é a saúde, levou a administração municipal de Belo Horizonte a interceder, de forma rápida, no socorro ao hospital."
Mesmo com o repasse, a situação é preocupante. O Sofia, como se tornou conhecido na capital, atende 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tem 1,1 mil funcionários e 100 residentes no hospital-escola, recebe gestantes de 300 municípios mineiros e tem déficit financeiro mensal de R$ 1,4 milhão.
Como o Estado de Minas mostrou no último domingo, a verba repassada deve durar apenas uma semana.
Em nota a Prefeitura de BH pede ajuda aos governos estadual e federal para resolver problemas na maternidade e outras unidades de saúde da cidade. “A prefeitura alerta a população que só essa sua atitude não resolverá o problema desse importante hospital, que atende a mais de 150 cidades do estado. E chama a atenção dos governos estadual e federal para que se juntem à administração de Belo Horizonte, com boa vontade e humanidade, para resolver os graves problemas que afetam os hospitais da capital”, diz o texto.
(RG)
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