Quatro homens suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em roubos de cargas de caminhões contendo silício foram apresentados pela Polícia Civil de Minas na tarde desta quarta-feira.
O grupo inicialmente rastreava as cargas que estivessem em estado mais puro, pois assim lucrariam mais na hora da venda. A rota principal de atuação era a capital e cidades como Barbacena, Congonhas, Conselheiro Lafaiete, Ouro Preto, na Região Central, Nova Lima, na Grande BH, entre outras.
Após os furtos ou roubos das cargas, os veículos eram desmanchados em um ferro velho em Conselheiro Lafaiete, que pertence a Claudinei Santos Felix, apontado pela operação como o mandante dos crimes. Lá, as cargas roubadas eram movimentadas e os veículos, adulterados a partir de clonagem de placas. Depois de modificados, os caminhões eram vendidos a preços abaixo do mercado, sob justificativa de estar com prestações bancárias pendentes.
Segundo a polícia, Emerson Aurélio de Souza, Hermilio Pinheiro de Souza e Marcos Vinicius Jose Caetano foram presos suspeitos de integrar a quadrilha e eram foragidos da Justiça, com mandados de prisão em aberto. Para não serem descobertos em possíveis blitzen ou em abordagens policiais, segundo os agentes, os homens usavam diversos documentos de identidade falsos.
O único que não possuía mandado de prisão em aberto era Claudinei, que de acordo com as informações foi preso em flagrante, por ser considerado o responsável por ocultar os materiais de origem ilícita. O investigado é dono de um ferro velho de compra e venda de sucatas em Conselheiro Lafaiete, e ali as cargas roubadas eram movimentadas.
O silício é usado em grandes setores da indústria, como na fabricação de eletroeletrônicos, componente de ligas metálicas, células fotoelétricas, concreto, tijolos, cerâmica, vidro, cimento e síntese de silicones (em produtos como vernizes, próteses cirúrgicas e lubrificantes).
De acordo com o delegado João Marcos de Andrade Prata, responsável pelas investigações, as apurações continuam para que outros membros da quadrilha sejam identificados. A operação também investiga empresas envolvidas na receptação e compra das cargas.
(RG)
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