O soldado Maurício Resende, de 35 anos, foi atropelado por um trem em perseguição policial e morreu, na tarde desta quarta-feira, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele caiu na linha férrea e ficou com uma das pernas presas, sem conseguir se levantar, no momento em que a locomotiva passava pelo local.
O tenente-coronel Flávio Henrique Naziazeno, comandante do 2º Batalhão de Policiamento Especializado (BPE), explicou que, por volta das 16h, uma guarnição com três policiais fazia uma abordagem de rotina em um aglomerado, no Bairro Bela Vista, quando avistou dois homens em atitude suspeita, possivelmente realizando tráfico de drogas e até mesmo porte ilegal de arma.
O primeiro a passar foi o comandante da guarnição, seguido de um segundo policial e, por último, o soldado Maurício. "Infelizmente, o soldado tropeçou e caiu quando atravessava a linha e o trem vinha se aproximando. Como já estava muito próximo, o militar foi atingido", contou.
De acordo com o tenente-coronel Flávio Henrique, o maquinista chegou a acionar o freio de emergência, mas não houve tempo suficiente para parar antes de acertar o policial, que foi arrastado por alguns metros sobre os trilhos.
O soldado chegou a ser socorrido por uma viatura do 39º Batalhão da Polícia Militar (BPM), que retornava para Betim, e levado para o Hospital Municipal de Contagem, ainda com vida. Ele chegou a ter uma perna amputada, mas como seu quadro de saúde era crítico, não resistiu e faleceu no hospital. O enterro de Maurício será amanhã, na cidade de Inhapim, no Vale do Aço.
Durante coletiva de imprensa na noite desta quarta-feira, o comandante do 2º BPE, ressaltou o ótimo profissional que foi o soldado. "Ele era um militar novo, de 35 anos, com 8 a 9 anos de corporação, mas de excelentes serviços prestados à sociedade. Essa é uma perda lamentável, principalmente da forma como foi", disse.
O tenente-coronel reconheceu os riscos da profissão policial, mas frisou que estes são inerentes ao trabalho. "Quando a gente entra para a corporação, a gente sabe que vai passar por situações de risco e fazemos isso para defender a sociedade. Por isso, entendemos que os riscos são válidos", destacou o comandante.
RB