A iniciativa vai ajudar principalmente pessoas com deficiência visual, baixa visão e idosos. O equipamento funciona da seguinte forma: ao emitir um “bip” pausado, ele indica que a via está segura para a travessia do pedestre. Quando o tempo está terminando, o aviso sonoro fica mais acelerado, indicando ao pedestre que aquele momento não é adequado para a travessia. Quando o equipamento está silencioso, o sinal está aberto aos veículo e fechado para pedestres.
Segundo a BHTrans, com este, já são quatro cruzamentos com semáforos de indicasção sonora. Além da Praça Sete, o equipamento já funciona em frente ao Instituto São Rafael, na Avenida Augusto de Lima com Avenida do Contorno, no cruzamento das Avenida Paraná com Rua dos Tamoios, e Rua dos Tupis com Rua São Paulo. Os próximos locais que vão receber o alerta são a Praça da Liberdade e o Mercado Central.
“Esses lugares são os primeiros.
Segundo ele, a meta é instalar os equipamentos em toda a cidade até o final da gestão, garantindo a acessibilidade. Ele destaca que o equipamento vai auxiliar a toda a população, principalmente em tempos onde as pessoas costumam caminhar distraídas pelo uso de celular “É o tom do desenho universal. Todos nós vamos nos beneficiar disso”.
William Lélis, do Mudevi, ressalta que o equipamento vai garantir independência. “Os cegos hoje estão em diversos espaços. À noite é mais difícil achar alguém para te auxiliar, e ainda tem a questão de segurança. Você não sabe se a pessoa se aproxima para te ajudar ou te assaltar. Acaba sendo uma forma de a gente ter autonomia e se sentir mais seguro”, explica. “Dá uma tranquilidade maior, você sabe que não vai abrir o sinal. Isso gera menos ansiedade para nós”, diz.
Fontoura e Lélis também alertam que os motoristas devem redobrar a atenção para evitar avanços de sinal.
Uma preocupação das entidades é em relação a possíveis atos de vandalismo com os equipamentos, que podem ser quebrados ou até cobertos com fita crepe para abafar o som, caso ocorrido em Belo Horizonte e lembrado por William Lélis.
A partir deste exemplo, Marcos Fontoura acredita que é importante contar com o apoio e compreensão da população. “Se em determinado local a pessoa colocou fita crepe, precisamos entender por que ela colocou isso. Se o som está incomodando, a que horas? Porque aí vamos programar para o som ser mais baixo. Tem que fazer acordos”. Ele ainda detaca que reclamações e sugestões podem ser repassadas aos canais da BHTrans no site, pelas redes sociais e pelo telefone 156. .