“A portaria do prédio da odonto é na Avenida 31 de março. É muito escuro, é muito abandonado. Assalto lá é a qualquer hora do dia. Só ontem foram oito e na quarta-feira foram 10”, afirma Lívia Magalhães, aluna do 9º período do curso.
Alguns relatos chegaram pelo WhatsApp. Por meio de áudio e uma mensagem de texto, uma jovem diz ter sido atacada por um homem quando estava indo saindo da aula. Ela passou pela portaria da odontologia e seguia para a principal, onde encontraria o pai. “Um cara tentou me agarrar, ele veio incitando sexo com a mão pra mim e quando chegou do meu lado veio pra cima de mim tentando me agarrar e me beijar, só que eu corri”, diz. Com voz embargada, ela descreve no áudio que o agressor era branco, loiro, alto, usava chinelos, bermuda e uma camisa verde listrada.
Em outro áudio, uma mulher conta que foi vítima de uma tentativa de assalto na quinta-feira. “Dois motoqueiros pararam, o garupa desceu da moto, pegou o celular de uma menina que estava lá no portão. Tentou puxar minha bolsa, me empurrou para eu cair, a bolsa agarrou em mim e ele não conseguiu pegar a bolsa porque eu corri. Os dois armados. Vocês tomem muito cuidado na hora de sair, de comprar lanche, com celular na mão, essas coisas, porque eles estão rondando. Chamei a polícia, fiz boletim de ocorrência e tudo mais”, diz.
A estudante de odontologia disse que os colegas estão se mobilizando, juntamente com os presidentes dos Diretórios Acadêmicos (DAs) dos cursos do câmpus Coração Eucarístico para cobrar uma solução da reitoria. “A PUC tem poder para tomar uma atitude e não toma. O que a gente quer é cobrar mais segurança da PUC. Não está acontecendo a três quarteirões, é na porta mesmo”, enfatiza.
Por meio de nota enviada pela assessoria, a PUC Minas informa que só tomou conhecimento das ocorrência por meio da imprensa. A nota afirma que a reitoria ainda não foi procurada pelos estudantes ou quaisquer outras pessoas sobre o assunto. “A PUC Minas mantém permanente relacionamento com a Polícia Militar e Associação de Moradores do Coração Eucarístico (Amocoreu) para buscar cotidianamente ações conjuntas no sentido de melhorar as condições de segurança nas imediações da Instituição. Sobre o fato citado, a Universidade já entrou em contato com a Polícia Militar, solicitando reforço para a segurança no entorno do campus”, finaliza.