O clima de insegurança do ano passado levou algumas instituições bancárias a adotar medidas emergenciais, principalmente em cidades do interior mineiro. Postos de serviços bancários em municípios pequenos foram fechados e o atendimento aos clientes ficou a cargo dos comerciantes locais.
Este ano, a Caixa Econômica Federal reduziu horários de funcionamento das salas de autoatendimento de 14 agências de cidades do Sul de Minas. A medida foi justificada pelo banco como forma de reduzir os casos de roubos.
O major Flávio Santiago, chefe da Sala de Imprensa da Polícia Militar, explica que a corporação tem trabalhado na prevenção e fortalecimento do policiamento. “A PM tem trabalhado em duas situações: a primeira é o investimento na Inteligência Policial Militar, no sentido de fazer o monitoramento de criminosos contumazes e antecipar cenários para que não haja problemas. A outra coisa que o comandante-geral da nossa instituição vem estudando e aprimorando é a reengenharia de processos para reforçar o policiamento”, destacou Santiago.
Para o major, além da atuação policial, é preciso que as instituições bancárias invistam em prevenção, já que muitas agências no estado ainda têm um esquema frágil de segurança. Segundo Santiago, o fechamento dos postos bancários em horários de menor movimento é um dos pontos que ajuda no combate aos ataques criminosos. Ele destaca ainda que são necessários alarmes específicos e mecanismos como os que deixam as cédulas marcadas com tinta para inibir a utilização do dinheiro pelos bandidos. O ponto positivo, de acordo com o oficial, é que os serviços de inteligência de algumas instituições e da PM têm trabalhado de forma conjunta.
Os números dos ataques aos caixas eletrônicos
2015
Explosão consumada: 173
Não detonado: 20
Total de ataques: 193
2016
Explosão consumada: 210
Não detonado: 27
Total de ataques: 237
2017 ( 01Jan a 23Mar)
Explosão consumada: 35
Não detonado: 03
Total de ataques: 38.