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Estado de Minas

Bandidos explodem um caixa eletrônico a cada dois dias em MG

Números da Polícia Militar apontam que, até esta quinta-feira, foram 38 ataques a terminais eletrônicos este ano em cidades mineiras. Em 2016, foram 237 crimes do tipo, contra 193 casos em 2015


postado em 24/03/2017 19:28 / atualizado em 24/03/2017 21:38

Ataques a terminais eletrônicos têm mobilizado forças de segurança(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Ataques a terminais eletrônicos têm mobilizado forças de segurança (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Os ataques a caixas eletrônicos em Minas Gerais ainda têm desafiado a segurança pública no estado. De acordo com balanço da Polícia Militar, este ano já somam 38 ações de quadrilhas especializadas em explodir terminais bancários, até 23 de março, cerca de um crime do tipo a cada dois dias. Em relação ao ano anterior, que somou 237 ataques, a seguir a tendência dos números de agora, ao final de 2017 pode-se ter uma redução dos ataques. Em 2016, a luz de alerta foi acessa quando o número de registro dessa modalidade de crime superou os 193 ataques de 2015.

O clima de insegurança do ano passado levou algumas instituições bancárias a adotar medidas emergenciais, principalmente em cidades do interior mineiro. Postos de serviços bancários em municípios pequenos foram fechados e o atendimento aos clientes ficou a cargo dos comerciantes locais.

Este ano, a Caixa Econômica Federal reduziu horários de funcionamento das salas de autoatendimento de 14 agências de cidades do Sul de Minas. A medida foi justificada pelo banco como forma de reduzir os casos de roubos. Os terminais, que antes funcionavam do começo da manhã até o fim da noite, na maioria vão ficar abertos entre as 8h e as 18h, nas agências em que há maior risco para os usuários.

O major Flávio Santiago, chefe da Sala de Imprensa da Polícia Militar, explica que a corporação tem trabalhado na prevenção e fortalecimento do policiamento. “A PM tem trabalhado em duas situações: a primeira é o investimento na Inteligência Policial Militar, no sentido de fazer o monitoramento de criminosos contumazes e antecipar cenários para que não haja problemas. A outra coisa que o comandante-geral da nossa instituição vem estudando e aprimorando é a reengenharia de processos para reforçar o policiamento”, destacou Santiago.

Para o major, além da atuação policial, é preciso que as instituições bancárias invistam em prevenção, já que muitas agências no estado ainda têm um esquema frágil de segurança. Segundo Santiago, o fechamento dos postos bancários em horários de menor movimento é um dos pontos que ajuda no combate aos ataques criminosos. Ele destaca ainda que são necessários alarmes específicos e mecanismos como os que deixam as cédulas marcadas com tinta para inibir a utilização do dinheiro pelos bandidos. O ponto positivo, de acordo com o oficial, é que os serviços de inteligência de algumas instituições e da PM têm trabalhado de forma conjunta.

Os números dos ataques aos caixas eletrônicos

2015

Explosão consumada: 173
Não detonado: 20
Total de ataques: 193

2016

Explosão consumada: 210
Não detonado: 27
Total de ataques: 237

2017 ( 01Jan a 23Mar)

Explosão consumada: 35
Não detonado: 03
Total de ataques: 38


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