O avanço do transporte clandestino de passageiros em Minas, além do prejuízo ao tesouro estadual com a sonegação, estrangula o setor formal. Estimativa do Sindicato das Empresas do Transporte de Passageiros de Minas Gerais (Sinpas) dá conta de que nos últimos cinco anos houve queda de 43% no faturamento das empresas legalizadas.
A advogada Zaira Carvalho Silveira, assessora jurídica do Sindpas, disse que convênio com a Secretaria de Estadual de Transportes e Obras Públicas (Setop) permite acesso aos dados sobre a quantidade de passageiros transportados. Segundo ela, pelas contas do sindicato, os prejuízos ao fisco estadual com o não pagamento de impostos pelos clandestinos chegam a R$ 10 milhões por mês, o que resultaria em R$ 120 milhões por ano. Número muito maior do que os R$ 53 milhões de prejuízos divulgados pela Operação Ponto Final.