A febre chikungunya se alastra por Minas Gerais a cada dia com maior velocidade.
A doença assusta na comparação com os últimos anos. Em 2016, Minas teve 500 casos prováveis de Chikungunya. Neste ano, já são nove vezes mais registros.
Dados divulgados pela SES mostram a evolução da doença. Em janeiro, foram registrados 706 casos suspeitos. No mês seguinte, o número foi quatro vezes maior. Em apenas 28 dias, foram computadas 2.826 notificações de chikungunya. Em março, até o dia 27, a secretaria registrou 1.320 casos prováveis.
A grande preocupação das autoridades é com cidades do Leste de Minas Gerais. Governador Valadares lidera o número de notificações, com 3.074. Em seguida, vêm Teófilo Otoni (651), Conselheiro Pena, (308), Aimorés (174) e Medina (106). Com alerta ligado para a região, a Secretaria de Saúde realizou um seminário com médicos e profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) dos 51 municípios da área de abrangência da Regional de Governador Valadares. A intenção foi informar sobre os cuidados com a enfermidade.
A SES não confirmou os locais onde aconteceram as duas mortes por suspeita da doença. Porém, Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, que concentrou atendimentos e casos de febre amarela, também enfrenta a nova demanda de chikungunya e, de acordo com o coordenador de Vigilância Ambiental do município, Joaniz Lopes de Oliveira, investiga dois óbitos pela doença.
Dengue e zika
Mesmo registrando menos casos prováveis do que no ano passado, a dengue segue fazendo vítimas.
Já em relação ao zika vírus, foram registrados neste ano 370 casos prováveis no estado. Nos 12 meses do ano passado, foram 14.106 notificações da doença. Neste ano, foram confirmados seis casos de gestantes com doença aguda pelo vírus. Três foram de pacientes de Belo Horizonte, dois de Uberaba e outro em Ituiutaba, ambas no Triângulo Mineiro.
(RG)
.