Ato contra a reforma da Previdência volta a complicar o trânsito em BH

Integrantes de centrais sindicais deixaram a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e seguiram em direção a Praça da Estação, no Centro da capital mineira

João Henrique do Vale


Integrantes de centrais sindicais fizeram um ato nesta sexta-feira contra a reforma da Previdência e trabalhista.

No fim da tarde, aproximadamente 50 mil pessoas, segundo os organizadores, deixaram o pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), onde aconteceu o Congresso da Central Única dos Trabalhadores (CUT/MG), e saíram passeata por ruas e avenidas da capital mineira. O destino final foi a Praça da Estação, no Centro da cidade. Com o deslocamento, o trânsito ficou congestionado em várias vias da Região Centro-Sul.

O protesto faz parte do movimento nacional contra a reforma da Previdência. Com maioria de integrantes mulheres, o grupo saiu pelas vias da cidade gritando palavras de ordem. “Nem recatada, nem do lar! A mulherada está na rua para lutar!”, cantaram os manifestantes. Ao fim do ato, eles convocaram um novo protesto para 28 de abril.

O deslocamento teve início por volta das 17h15.
Os manifestantes desceram a Rua Rodrigues Caldas e seguiram em direção a Praça da Estação. Eles pegaram a Avenida Olegário Maciel, Praça Raul Soares, Avenida Amazonas, e chegaram na Praça Sete. Lá, o trânsito ficou impedido nos cruzamentos entre Amazonas e Afonso Pena. Em seguida, os protesto seguiu até a Praça da Estação. Viaturas da BHTrans e da Polícia Militar acompanharam o ato e desviaram o trânsito.

Mesmo assim, várias vias ficaram congestionadas na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Segundo a BHTrans, o trânsito ficou lento em vias no entorno da Praça Sete, Praça da Estação, e Praça Raul Soares. Lentidão também foi registrada no Bairro Funcionários e Savassi.

Nesta manhã, funcionários da rede pública municipal realizaram ato na Praça da Estação, na Avenida dos Andradas. Os manifestantes seguiram para a Praça Sete. O tráfego ficou lento na região com reflexos nas avenidas Amazonas e Contorno, próximo à rodoviária. Os motoristas que tentavam chegar ao centro pelo Viaduto da Lagoinha também encontraram dificuldades.



Estradas

As rodovias de Minas Gerais voltam a ter problemas por causa de protestos contra a reforma da previdência. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), professores fecharam a BR-116, próximo a Inhapim, na Região do Rio Doce.
Aproximadamente 80 professores da rede estadual e municipal participam do ato. Congestionamentos são registrados no trecho. Ainda não há previsão para a liberação da rodovia.

Nesta sexta-feira, manifestações aconteceram em outras estradas mineiras por causa do movimento nacional contra a reforma da Previdência. Na parte da manhã, outros cinco pontos da BR-116 foram fechados. Um deles foi em Itaobim, no Vale do Jequitinhonha, na altura do Km 116, em um protesto que toma toda a rodovia e bloqueia completamente o tráfego tanto em direção ao Rio de Janeiro quanto no sentido Bahia.

Também teve registro de fechamento no Km 179, em Padre Paraíso (Vale do Jequitinhonha), e no Km 207, em Catuji (Vale do Mucuri), de acordo com o inspetor Marcelo Gonçalves, todos na área da Delegacia de Teófilo Otoni da PRF. Outro local que ficou fechado foi o entroncamento da 116 com a BR-259, em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. O Km 373 da BR-116, em Frei Inocêncio, também foi interditado.

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