Operações das polícias Civil e Militar terminam na apreensão de mais de 700 celulares em BH

Os produtos seriam de procedência duvidosa. Nas duas ações, cinco pessoas foram presas

João Henrique do Vale

Material apreendido pela Polícia Militar durante a operação - Foto: Polícia Militar / Divulgação


Operações distintas das polícias Militar e Civil deram um duro golpe em um esquema de venda de aparelhos de celulares de procedência duvidosa. Nas duas ações, mais de 700 aparelhos foram apreendidos e cinco pessoas foram presas. Um dos alvos dos levantamentos da PM ainda não foi encontrado. Ele é suspeito de integrar um esquema de venda de telefones sem nota fiscal. Na casa dele, foi apreendida uma pistola calibre 380.


A PM começou o levantamento depois de receber informações que Márcio Barbosa dos Santos, de 38 anos, estaria recebendo carregamentos de drogas e armas vindo o Paraguai. Os carregamentos, segundo a denúncia, aconteciam semanalmente. Também contou que o homem lavava o dinheiro adquirido em lojas de vendas de telefones celulares localizadas em shoppings populares de Belo Horizonte.


Diante dos dados, os policiais pediram mandados de busca e apreensão que foram concedidos pela 2ª Vara de Tóxicos da capital mineira. Os militares foram até a casa de Márcio, localizado na Rua Frei Martinho Brunier, no Bairro Paquetá, na Pampulha, e fizeram buscas. No imóvel, foi localizada uma pistola calibre 380, com registro vencido em 2016, 72 celulares sem nota fiscal, uma sacola com R$ 30 mil em dinheiro, que estava escondida dentro de um sofá.


Depois, os militares se deslocaram até a casa da mãe do suspeito, na Região Nordeste. Lá, encontraram 190 celulares de diferentes marcas, cinco gravadores de áudio, uma réplica de uma arma de fogo, 140 aparelhos de circuitos eletrônicos. Todos os produtos estavam sem a nota fiscal. Em duas lojas localizadas em shoppings populares, foram apreendidos mais aparelhos celulares. Quatro pessoas foram presas. Segundo a PM, os funcionários disseram apenas que trabalhavam nos locais e que não sabiam sobre a procedência dos produtos.


Ao todo foram apreendidos 697 celulares, 140 placas de telefone, R$ 45 mil em dinheiro, além de tablets, joias, gravadores e outros aparelhos eletrônicos. Os materiais e os suspeitos foram encaminhados para a Polícia Federal (PF) que vai investigar o caso.

Polícia Civil prendeu homem por receptação de aparelhos roubados - Foto: Polícia Civil / Divulgação


Prisão de receptador

Uma investigação da Polícia Civil terminou na prisão de Tiago Dias Toledo pelo crime de receptação qualificada. Ele é suspeito de participar de um esquema de receptação de aparelhos celulares vendidos na loja de um shopping popular de BH.
Ele foi preso em flagrante na segunda-feira com cerca de 70 celulares, carcaças e peças de aparelhos telefônicos. As apurações da corporação mostram que ao menos 10 aparelhos são derivados de furtos e roubos. Segundo as investigações, o suspeito, ainda, foi reconhecido por duas vítimas como sendo o acusado de roubo de dois .