(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Grafiteiros participam do 1º Festival de Arte Urbana de BH

Cerca de 80 artistas cobriram 200 metros de um muro da unidade Silva Lobo da Newton Paiva


postado em 02/04/2017 15:12 / atualizado em 03/04/2017 07:11

(foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)
(foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)

Dois meses depois de o próprio prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), apagar grafites em muros daquela capital, numa atitude que se transformou em grande polêmica no país, cerca de 80 grafiteiros da Região Metropolitana de Belo Horizonte se reuniram, na manhã deste domingo, no 1º Festival de Arte Urbana de BH.

Os artistas cobriram os 200 metros de um muro da unidade Silva Lobo da Newton Paiva, no Bairro Grajaú, com figuras inspiradas nos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da Organizações das Nações Unidas (ONU), como empoderamento feminino, educação inclusiva, saúde, sustentabilidade, meio ambiente e saneamento básico.

“Quando eu ponho o grafite na rua, ele não é mais meu. É da cidade. O festival está maravilhoso. O que ocorreu em São Paulo, no meu entendimento, foi falta de conhecimento da equipe do prefeito em saber que o grafite é arte”, avaliou o artista urbano Negro F., um dos coordenadores do evento, organizado pela Newton Paiva em parceria com o Centro Comunitário Vera Cruz.

Negro F. é um dos idealizadores do projeto “Amor pelo Alto Vera Cruz nos Muros”, que também tem o apoio da instituição de ensino e cuja missão é contar a história do bairro por meio do grafite: “Valoriza a identidade cultural e a história de toda a sociedade”.

O festival atraiu a atenção de muita gente. Houve até quem colocou cadeiras na calçada para acompanhar o trabalho dos artistas. Para Erick Sanderson, da Comunicação e Marketing da Newton Paiva, eventos como o de ontem são boas oportunidades para a população ver que o grafite, embora muita gente tenha resistência em considerá-lo como arte, pode transformar positivamente a paisagem de uma cidade.

“Sabemos que nem todos reconhecem o valor dessa manifestação artística em espaços públicos. Nosso objetivo é justamente mostrar que o grafite pode transformar positivamente a paisagem urbana. Temos obras de artistas brasileiros espalhadas pelo mundo. Nosso estilo é próprio e reconhecido internacionalmente. Em nossa opinião, iniciativas que engajam as pessoas em prol da comunidade ajudam no desenvolvimento social e humano e devem fazer parte das ações de educadores”, disse Ercik.

MUTIRÃO Quem passou pela Silva Lobo durante o festival pôde deixar sua contribuição no muro. Os grafiteiros promoveram a oficina Mutirão das Cores. Um espaço no muro foi reservado para que os participantes também pudessem colorir o muro. “Foi muito legal. A galera interagiu bem: crianças, jovens, idosos etc”. Além do grafite, o festival contou com rodas de conversas temáticas sobre cultura de rua e o movimento Hip Hop. Bandas da região fizeram apresentações.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)