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Estado de Minas

Moradores relatam tremor de terra em Montes Claros

O Corpo de Bombeiros recebeu ligações de moradores sobre os abalos, provavelmente de pequena intensidade, nos bairros Melo e Edgar Pereira


02/04/2017 18:50 - atualizado 02/04/2017 19:31

Os tremores de terra voltaram a assustar moradores de Montes Claros, na Região Norte de Minas Gerais, neste domingo. Por meio das redes sociais, várias pessoas fizeram relatos de um suposto terremoto de pequena intensidade. O Corpo de Bombeiros confirmou que recebeu aproximadamente 10 solicitações, mas sem nenhum dano registrado.

As informações se disseminaram rapidamente pelas redes sociais. “Relatos de que a terra tremeu novamente aqui em Montes Claros no Norte de Minas”, comentou Wesley Moreira. “Tremor de Terra em Montes Claros. Eu nem vi”, disse Tatiana. “Nada como um tremorzinho de terra pra agitar este final de domingo”, comentou Nágila Almeida.

De acordo com o sargento Luiz Carlos, do Corpo de Bombeiros de Montes Claros, solicitações foram recebidas pela corporação. “Recebemos várias ligações sobre tremor de terra, em torno de oito solicitações. Mas não teve nenhuma confirmação de casos. No Bairro Ibituruna, onde estamos, não teve nada”, informou. Segundo o sargento, os tremores teriam ocorrido nos bairros Melo e Edgar Pereira.

Os tremores de terra são comuns em Minas Gerais. Estudo feito Núcleo de Estudos Sismológicos (NES) da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) mostrou que no ano passado o estado foi o que teve o maior número de abalos sísmicos no Brasil. Foram 88 tremores de terra ocorridos em todas as regiões mineiras durante o ano.

O município mineiro com maior quantidade de abalos no período analisado na pesquisa da Unimontes foi Montes Claros. Foram registrados na cidade do Norte de Minas 172 tremores de terra entre 1º de janeiro de 1824 e 12 de janeiro de 2017. O maior deles, de 4 graus na Escala Richter,foi em 19 de maio de 2012.

Estudos apontam que os sucessivos abalos na cidade norte-mineira têm como causa uma falha geológica situada entre 1,5 mil e 2 mil metros de profundidade, com cerca de três quilômetros de extensão, partindo da região do Parque Estadual da Lapa Grande em direção à área urbana. Os tremores e a existência da falha geológica motivaram a instalação de nove sismógrafos em diversos pontos da área urbana e da zona rural do município, e a própria criação do Núcleo de Estudos Sismológicos da Unimontes, implantado com o apoio do governo do estado, do Observatório Sismológico da UnB e da USP.

 


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