Jornal Estado de Minas

Tremor de terra em Montes Claros foi menor que 2 pontos na escala Richter

Dados do Observatório Sismológico da Universidade Federal de Brasília (UnB) comprovaram que a terra voltou a tremer em Montes Claros, na Região Norte de Minas, nesse domingo. Foi computado pelos sismógrafos, aparelho que detecta movimentações no solo, um tremor de 1,6 na escala Richter, o que é considerado de baixa intensidade.



O tremor de terra assustou os moradores. Por meio das redes sociais, várias pessoas fizeram relatos de um suposto terremoto de pequena intensidade. O Corpo de Bombeiros confirmou que recebeu aproximadamente 10 solicitações, mas sem nenhum dano registrado.

As informações se disseminaram rapidamente pelas redes sociais. “Relatos de que a terra tremeu novamente aqui em Montes Claros no Norte de Minas”, comentou Wesley Moreira. “Tremor de Terra em Montes Claros. Eu nem vi”, disse Tatiana. “Nada como um tremorzinho de terra pra agitar este final de domingo”, comentou Nágila Almeida. Os tremores ocorreram nos bairrosEldorado, Ibituruna, Edgar Pereira, Melo Amazonas, e no Centro da Cidade.

Os tremores de terra são comuns em Minas Gerais. Estudo feito Núcleo de Estudos Sismológicos (NES) da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) mostrou que no ano passado o estado foi o que teve o maior número de abalos sísmicos no Brasil. Foram 88 tremores de terra ocorridos em todas as regiões mineiras durante o ano.



O município mineiro com maior quantidade de abalos no período analisado na pesquisa da Unimontes foi Montes Claros. Foram registrados na cidade do Norte de Minas 172 tremores de terra entre 1º de janeiro de 1824 e 12 de janeiro de 2017. O maior deles, de 4 graus na Escala Richter,foi em 19 de maio de 2012.

Esstudos apontam que os sucessivos abalos na cidade norte-mineira têm como causa uma falha geológica situada entre 1,5 mil e 2 mil metros de profundidade, com cerca de três quilômetros de extensão, partindo da região do Parque Estadual da Lapa Grande em direção à área urbana. Os tremores e a existência da falha geológica motivaram a instalação de nove sismógrafos em diversos pontos da área urbana e da zona rural do município, e a própria criação do Núcleo de Estudos Sismológicos da Unimontes, implantado com o apoio do governo do estado, do Observatório Sismológico da UnB e da USP.

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