O objetivo é favorecer parcelas da população que encontram mais dificuldades para ter acesso à universidade, informou a UFMG. A decisão foi aprovada na reunião de ontem por unanimidade e, em seguida, encaminhada para assinatura do reitor Jaime Ramírez. A aprovação é consequência do trabalho que já é realizado pela instituição desde outubro de 2016 por uma comissão constituída para tratar especificamente desse tema e elaborar uma proposta.
O reitor comemorou e destacou a importância de se estender à pós-graduação a política de inclusão: “A UFMG dá continuidade a seus esforços para promover igualdade de acesso e oportunidades em todas as suas atividades, respeitando a legislação e adaptando seus processos e rotinas para inserir pessoas que têm, historicamente, menos chances de ingressar uma instituição como a nossa”, afirmou o reitor em entrevista ao portal da universidade.
Porcentagem
De acordo com a UFMG, os programas de pós-graduação separarão de 20% a 50% das vagas disponíveis para candidatos que se autodeclararem negros (pretos e pardos, segundo nomenclatura e classificação oficial). Ainda segundo a instituição, a percentagem máxima corresponde à proporção de negros na população brasileira.
Os cursos de pós-graduação também deverão criar uma vaga suplementar para indígenas e pessoas com deficiência. Nesses casos, os processos seletivos serão adaptados para atender às necessidades de indígenas que não dominam a língua portuguesa e de surdos que demandam tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Uma comissão permanente para o acompanhamento das ações afirmativas nos programas de pós-graduação também será instituída pela instituição.
RB