Jornal Estado de Minas

PBH aceita assumir gestão do Anel Rodoviário se Dnit der o dinheiro para reformas, diz Kalil

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS) reagiu ao acidente que chocou a população da capital mineira no Anel Rodoviário, na manhã desta quarta-feira. Durante evento sobre o fim do sinal analógico para as televisões na Grande BH, que aconteceu hoje na sede da prefeitura, Kalil disse que está disposto a assumir a gestão do Anel, que hoje é do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), órgão do governo federal. Para isso, a autarquia precisa disponibilizar os recursos para a requalificação viária da rodovia.

"Nós tivemos uma reunião para tratar de outro assunto com a diretoria do Dnit aqui na prefeitura. Fui procurado por eles. Ofereci que a PBH aceitaria assumir a responsabilidade sobre o Anel Rodoviário desde que a verba que já está alocada para o Dnit seja colocada no Anel. Que nós tomaríamos conta e tentaríamos assumir a responsabilidade do Anel, porque essa carnificina tem que acabar", diz o prefeito.

Kalil não concorda com o fato de o Anel ser considerado uma rodovia, sendo que a via por onde passam 160 mil veículos todos os dias já está totalmente integrada ao ambiente urbano da cidade.

"Nós simplesmente dissemos o que nós dissemos na campanha. O que acontece em Belo Horizonte é responsabilidade de Belo Horizonte. Tem que estar ao nosso alcance.
Não quer dizer que aqui tem ninguém mais inteligente que ninguém. O que nós vamos fazer é tentar arrumar, porque do jeito que está nós já temos certeza que está errado. Então, (já) que está absolutamente errado, matando, machucando todo dia duas três vezes por semana, pelo menos nós poderíamos fazer uma tentativa de melhorar o caos que é, porque ali não é o Anel, ali já é uma avenida urbana", acrescenta.

Por fim, Kalil ainda adiantou que é necessário atuar principalmente no gargalo que ontem provocou um congestionamento que chegou ao Bairro Betânia (Oeste de BH) e acabou se transformando em uma barreira para o caminhão que ficou sem freio. "Essa carnificina tem que acabar. Pelo visto nada é feito, nada é colocado. Nós sabemos que tem que alargar algumas áreas de estrangulamento que são os pontos críticos", completa.

De acordo com o prefeito, o Dnit ainda não se manifestou sobre essa possibilidade. A reportagem procurou a assessoria de comunicação da autarquia federal e aguarda uma resposta.

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