A decisão de Mário Augusto Faleiro Neto, o Maru, de 25 anos, de pichar um dos monumentos mais importantes da capital mineira, a Igreja de São Francisco de Assis, mais conhecida como Igrejinha da Pampulha, custou a ele um ano de prisão na Penitenciária São Joaquim de Bicas II, na Grande BH, completado hoje. Os outros dois acusados de participar do ato de vandalismo que revoltou moradores e visitantes, Marcelo Augusto de Freitas, de 20, conhecido pelo codinome Frek, e João Marcelo Ferreira Capelão, de 33, o Goma, aguardam julgamento em liberdade, monitorados por meio de tornozeleiras eletrônicas. O templo católico é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e integra o conjunto moderno reconhecido como Patrimônio e Paisagem Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultural (Unesco).
O ato de vandalismo ocorreu em 21 de março do ano passado e Mário Augusto foi preso preventivamente em 7 de abril, em Ibirité, na Grande BH. A defesa dele já ajuizou cinco habeas corpus, todos negados pela Justiça. O advogado de Mário Augusto Felipe Soares sustenta que o processo deveria ser mais ágil. “Dos três que foram denunciados, o Maru é o único que está preso em regime fechado. Os outros dois foram beneficiados por habeas corpus, em dezembro de 2016, e aguardam o julgamento em liberdade, com o uso de tornozeleiras eletrônicas”, afirma. Maru pode ser condenado por formação de quadrilha (reclusão, de 4 a 8 anos), pichação em patrimônio (6 meses a 1 ano) e apologia ao crime (três a seis meses ou multa). O advogado acredita que a sentença imposta pelo juiz após sua decisão deve resultar, no máximo, em regime aberto ou semiaberto.
A mãe do acusado de pichação, Beatriz Silva Faleiro, de 59, cobra uma definição sobre a situação do filho. “Ele cometeu um crime, sim. Mas está preso há um ano, já pagou por isso. É muito difícil viver sem meu filho. Fico me perguntando: Até quando vou conviver com a ausência dele?”.
No ano passado, após a pichação, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recrudesceu a luta contra os pichadores, que emporcalham as ruas e avenidas da capital. Logo após a agressão ao patrimônio projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012), a Coordenadoria Estadual das Promotorias de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais fortaleceu a investigação e adotou uma série de medidas para evitar novos abusos.
Ontem, em nota, o MPMG informou que “compete ao Judiciário analisar se ainda subsistem os motivos ensejadores da prisão preventiva, o que pode ser feito mediante pedido da defesa”. E acrescentou que “tem se manifestado nos autos do processo a tempo e modo, não podendo lhe ser imputados eventuais atrasos.” O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) informou que o juiz Luís Augusto Barreto Fonseca recebeu o processo em 27 de março e que o julgamento ainda será marcado.
Conclusão sem data
Ainda sem data de conclusão a limpeza da pichação na Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo Horizonte – o serviço estava previsto para terminar anteontem. Segundo informações do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), que cedeu a mão de obra especializada para a tarefa, o trabalho é muito delicado, daí requerer mais tempo. Com material (aguarrás) disponibilizado pela Arquidiocese de BH, à qual pertence o templo moderno, estão no local as técnicas em restauração do Iepha Amanda Cordeiro, Flávia Alcântara, Daniela Ayala e Ana Elisa Souza.
O ato de vandalismo ocorreu em 21 de março do ano passado e Mário Augusto foi preso preventivamente em 7 de abril, em Ibirité, na Grande BH. A defesa dele já ajuizou cinco habeas corpus, todos negados pela Justiça. O advogado de Mário Augusto Felipe Soares sustenta que o processo deveria ser mais ágil. “Dos três que foram denunciados, o Maru é o único que está preso em regime fechado. Os outros dois foram beneficiados por habeas corpus, em dezembro de 2016, e aguardam o julgamento em liberdade, com o uso de tornozeleiras eletrônicas”, afirma. Maru pode ser condenado por formação de quadrilha (reclusão, de 4 a 8 anos), pichação em patrimônio (6 meses a 1 ano) e apologia ao crime (três a seis meses ou multa). O advogado acredita que a sentença imposta pelo juiz após sua decisão deve resultar, no máximo, em regime aberto ou semiaberto.
A mãe do acusado de pichação, Beatriz Silva Faleiro, de 59, cobra uma definição sobre a situação do filho. “Ele cometeu um crime, sim. Mas está preso há um ano, já pagou por isso. É muito difícil viver sem meu filho. Fico me perguntando: Até quando vou conviver com a ausência dele?”.
No ano passado, após a pichação, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recrudesceu a luta contra os pichadores, que emporcalham as ruas e avenidas da capital. Logo após a agressão ao patrimônio projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (1907-2012), a Coordenadoria Estadual das Promotorias de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais fortaleceu a investigação e adotou uma série de medidas para evitar novos abusos.
Ontem, em nota, o MPMG informou que “compete ao Judiciário analisar se ainda subsistem os motivos ensejadores da prisão preventiva, o que pode ser feito mediante pedido da defesa”. E acrescentou que “tem se manifestado nos autos do processo a tempo e modo, não podendo lhe ser imputados eventuais atrasos.” O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) informou que o juiz Luís Augusto Barreto Fonseca recebeu o processo em 27 de março e que o julgamento ainda será marcado.
Conclusão sem data
Ainda sem data de conclusão a limpeza da pichação na Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo Horizonte – o serviço estava previsto para terminar anteontem. Segundo informações do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), que cedeu a mão de obra especializada para a tarefa, o trabalho é muito delicado, daí requerer mais tempo. Com material (aguarrás) disponibilizado pela Arquidiocese de BH, à qual pertence o templo moderno, estão no local as técnicas em restauração do Iepha Amanda Cordeiro, Flávia Alcântara, Daniela Ayala e Ana Elisa Souza.