Exatos dois meses após a pichação do Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, na Região Central, a polícia ainda não tem informação sobre a identidade do vândalo que escreveu com spray as palavras Patrimônio da Humanidade Elitista na lateral do prédio do século 18. “Estamos confiantes de que o responsável será encontrado. É uma situação muito grave e, do jeito que está, não pode ficar”, diz o diretor do museu, Rui Mourão. Na tarde de ontem, por telefone, do Rio de Janeiro, onde se encontrava, Mourão explicou que vai procurar novamente o delegado regional Rodrigo Bustamante, encarregado da investigação, para ver o andamento do caso. “A polícia está fazendo força para localizar o pichador. O caso está andando, é preciso punição”, afirmou.
Na manhã da ocorrência que revoltou a população e visitantes, o diretor do museu disse ao Estado de Minas ser preciso “prender” o responsável pela sujeira deixada no prédio do Inconfidência, o segundo museu federal mais visitado do país, com 150 mil pessoas/ano, atrás apenas do Museu Imperial, de Petrópolis (RJ). Na sua avaliação, o caso era semelhante ao da Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo Horizonte, igualmente alvo de pichação. Assim como o Centro Histórico da Pampulha, que detém o conjunto arquitetônico moderno, o Centro Histórico de Ouro Preto é reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade, título concedido em 1980 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
HISTÓRIA Em texto sobre o Museu da Inconfidência, Rui Mourão, que está na direção da instituição há 42 anos, escreveu: “Rompendo tradição que vinha dos tempos do reinado brasileiro de Dom João VI, o Museu da Inconfidência foi o primeiro a se instalar fora da faixa litorânea do país. A criação decorreu de uma ação política. Em 1936, o presidente Getúlio Vargas, que planejava a implantação da ditadura do Estado Novo, resolveu se fortalecer junto à população, apresentando-se como defensor de uma das nossas tradições mais sensíveis. Promoveu o repatriamento dos restos mortais dos inconfidentes condenados a degredo na África, onde se encontravam sepultados. As urnas funerárias, na sua chegada, ficaram longamente expostas à visitação pública no Rio de Janeiro. Assinado o decreto 965, de 20/12/1938, de criação do museu, a transferência das ossadas para Ouro Preto contou com o acompanhamento de Vargas. (…) O governo de Getúlio Vargas mandou vir os originais do 7º volume dos Autos de Devassa, que continha a sentença condenatória de Tiradentes e duas traves da forca em que pendeu o mártir da Inconfidência na Praça da Lampadosa”.
Na manhã da ocorrência que revoltou a população e visitantes, o diretor do museu disse ao Estado de Minas ser preciso “prender” o responsável pela sujeira deixada no prédio do Inconfidência, o segundo museu federal mais visitado do país, com 150 mil pessoas/ano, atrás apenas do Museu Imperial, de Petrópolis (RJ). Na sua avaliação, o caso era semelhante ao da Igreja de São Francisco de Assis, na Pampulha, em Belo Horizonte, igualmente alvo de pichação. Assim como o Centro Histórico da Pampulha, que detém o conjunto arquitetônico moderno, o Centro Histórico de Ouro Preto é reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade, título concedido em 1980 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
HISTÓRIA Em texto sobre o Museu da Inconfidência, Rui Mourão, que está na direção da instituição há 42 anos, escreveu: “Rompendo tradição que vinha dos tempos do reinado brasileiro de Dom João VI, o Museu da Inconfidência foi o primeiro a se instalar fora da faixa litorânea do país. A criação decorreu de uma ação política. Em 1936, o presidente Getúlio Vargas, que planejava a implantação da ditadura do Estado Novo, resolveu se fortalecer junto à população, apresentando-se como defensor de uma das nossas tradições mais sensíveis. Promoveu o repatriamento dos restos mortais dos inconfidentes condenados a degredo na África, onde se encontravam sepultados. As urnas funerárias, na sua chegada, ficaram longamente expostas à visitação pública no Rio de Janeiro. Assinado o decreto 965, de 20/12/1938, de criação do museu, a transferência das ossadas para Ouro Preto contou com o acompanhamento de Vargas. (…) O governo de Getúlio Vargas mandou vir os originais do 7º volume dos Autos de Devassa, que continha a sentença condenatória de Tiradentes e duas traves da forca em que pendeu o mártir da Inconfidência na Praça da Lampadosa”.